domingo, 1 de dezembro de 2013

Flamengo: Obsessão por estatísticas e puxões de orelha da noiva, os segredos para Luiz Antonio se firmar no time


 




                                                                                                                                                     Craque o Flamengo faz em casa. Para o clube, um slogan. Para os jogadores, uma responsabilidade. Quem é revelado pelo Rubro-negro convive com o peso de ser comparado a Zico, Júnior, ou Adílio, como é o caso de Luiz Antônio, que neste domingo enfrenta o Vitória, às 17h, no Barradão. Após período de oscilação, o volante se firmou no time, que voltou a ter uma prata da casa como titular absoluto.

— Jogar na base é complicado. A gente é cobrado desde o início. Para mim foi importante ter conseguido subir e mostrado meu futebol. Isso serve de exemplo para os outros da base verem que as oportunidades são poucas mas estão aí.

O ápice desta ascensão foi na última quarta, quando ele foi eleito o craque da final da Copa do Brasil. Por trás da atuação considerada a melhor em campo há uma preparação que passa pelos puxões de orelha da noiva, o levantamento das próprias estatísticas e o trabalho ao lado de um treinador que o conhece como a palma da mão.

— Trabalhar com o Jayme é ótimo. Por ser da casa, ele já me conhecia desde a base. Foi quem falou de mim para o Luxemburgo quando fui promovido aos profissionais.

Com apenas 22 anos, o volante se cobra como se fosse um veterano precisando dar o exemplo aos demais. A cada jogo, confere, com a ajuda do empresário, suas estatísticas. Contra o Atlético-PR, por exemplo, calcula ter errado entre sete e oito passes, roubado uma bola, cometido três faltas e passado em branco nos lançamentos.

Acertou quase tudo. Menos o número de passes errados (três, de acordo com o Footstats). Justamente o quesito no qual ele acredita ser mais cobrado.

— A torcida me critica muito. Mas se você parar para analisar eu acho que sou o que mais acerta passes. Se não for primeiro, estou entre os três primeiros.

Tanto no Brasileiro quanto na Copa do Brasil, ele é o quarto do elenco no quesito passes certos. Nada mal. Mas o suficiente para ser cobrado pela noiva, Clara Oliveira, muito mais linha-dura do que Jayme de Almeida.

— Em casa ela me cobra: “Você errou isso, errou aquilo”. Mas eu gosto. É sinal de que ela está se interessando por futebol.

O troféu e a medalha exibidos por Luiz Antonio mostram que a cobrança da noiva vale ouro.



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