Um dos jogadores mais regulares no ano de 2016 do Flamengo - veja os
números completos abaixo - , Willian Arão, enfim, está descansando. A
reapresentação no Ninho do Urubu está marcada para o dia 11 de janeiro.
Enquanto isso, férias com a família em São Paulo, praia na Bahia e mais.
Ele não para. Vai ainda para os EUA antes de voltar para a segunda
pré-temporada como jogador do Flamengo.
O melhor ano de Arão
Jogos oficiais em 2016: 62
Jogos no Brasileiro: 37 (só ficou de fora de uma partida)
Total de desarmes: 110
Gols: 7 - quatro no Brasileiro e três no Carioca (fora os amistosos)
Assistências: 8
A
polêmica com o Botafogo ficou para trás - embora ainda seja motivo de
ação judicial da equipe alvinegra e deva ter definição em 2017 - e Arão
não tem arrependimento. Pelo contrário, se diz muito tranquilo com a
decisão. Para ele, 2016 foi o melhor ano de sua vida como jogador
profissional.
- Acho que demonstrei em campo que minha
felicidade também influencia no meu jogo. Desde o momento que tomei a
decisão, a diretoria e a torcida do Flamengo me trataram de maneira
muito especial - contou Arão em entrevista por telefone no
GloboEsporte.com.
Confira a entrevista com o meia do Flamengo.
GloboEsporte.com: Como avalia essa a primeira temporada com a camisa do Flamengo?
Willian
Arão: Foi um ano especial para mim. O mais importante da minha vida sem
dúvidas. Um ano em que mais pude roubar bola, dar mais assistências,
mais gols, mais participei de jogos. infelizmente, não veio o título,
mas, individualmente, vendo minha perfomance, cresci muito como jogador,
como pessoa. Agradeço muito ao Flamengo por todo mundo que me apoiou, a
torcida, também à minha família e esposa. Sem eles não conseguiria
isso. Foi um ano maravilhoso. Quase que perfeito. Para bater a
perfeição, podia ser coroado com um título e porque não uma convocação
para a seleção. Mas estou tranquilo.
O que contribuiu para o que você considera melhor ano da carreira?
Não há só um fator. O primeiro de tudo isso foi a minha felicidade.
Estou muito feliz. Eu escolhi o Flamengo, era um sonho. O esquema do
professor Muricy, no início do ano, me deu liberdade, depois com o Zé,
que deu continuidade. Ele ajeitou algumas coisas, corrigiu outras. Foi
fundamental. A minha dupla que mais jogou comigo, o Márcio Araújo,
também encaixou muito bem. Com o Cuéllar vinha bem, mas encaixou mais
com o Márcio.
Interessante você comentar do Márcio, que é sempre tão criticado. O que pode falar dele?
Márcio
é um cara muito tranquilo. Posso falar bem dele por ser amigo
particular, estamos quase todo dia juntos. Sabemos que algumas pessoas
não gostam do futebol dele, mas com todos os jogadores existe isso.
Certamente alguns não gosta de mim, outros do Muralha... Márcio sabe da
importância que tem pro time, da liderança dele apesar de não falar
muito, tem postura muito firme. É engraçado até falar dele. Sabemos que
não vamos agradar a todos, mas temos que seguir com nosso trabalho.
Você
falou em ano quase perfeito e observou a falta de títulos, que também
não veio em 2015. A cobrança para levantar uma taça em 2017 vai ser
maior?
A gente joga no Flamengo e a cobrança é de
ganhar todos os títulos independentemente dos anos anteriores. Vindo de
uma sequência de anos sem título, obviamente a cobrança é grande e nós
mesmos nos cobramos. Nosso elenco é forte, a diretoria fez o papel dela e
temos que corresponder. Há outros 19 times no Brasileiro que concorrem
ao título. Faltaram algumas coisas no Brasileiro, mas vamos corrigir
para que não venha só o Brasileiro, mas todos os títulos. O Carioca, a
Primeira Liga, a Libertaodres, a Copa do Brasil, o Mundial...
Arão com a família em São Paulo: Natal em família nas férias depois de um ano intenso (Foto: Arquivo pessoal)
Libertadores é então a prioridade do Flamengo?
Não
digo como prioridade. O Flamengo tem como prioridade todos os títulos,
mas é sim um dos mais importantes por tudo que representa, pelo Flamengo
não ter jogado ano passado, por não jogar há dois anos. É sem dúvida
especial. Temos que nos preparar e jogar de maneira diferente para
alcançar os objetivos. É uma competição muito dificil. Temos que
recarregar as baterias para brigar por essa competição.
Há
um ano você trocava o Botafogo pelo Flamengo, recusando e até
devolvendo dinheiro do Alvinegro. O que passa pela sua cabeça um ano
depois?
Eu estou muito tranquilo desde o começo da
decisão que tomei. Sabia que podia acarretar algumas coisas, mas meus
advogados me deixaram tranquilos, me falaram para para me preocupar com o
campo. Deixei nas mãos dele e me concentrei. Pude fazer meu trabalho
com tranquilidade.
Teu sentimento é de que valeu a pena a mudança?
Valeu
a pena. Claro que valeu! Foi uma decisão que eu quis tomar, estava
feliz por essa escolha e acho que demonstrei em campo que minha
felicidade também influencia no meu futebol. Desde o momento que tomei a
deicsão, a diretoria e a torcida me trataram de maneira muito especial.
Com carinho enorme nas ruas, já me paravam até para falar. Com certeza
isso fez a diferença e me deixou muito tranquilo.