sexta-feira, 25 de maio de 2018

Flamengo divulga novo segundo uniforme na cor branca; estreia será contra o Bahia

A sexta-feira trouxe novidade para o Flamengo. O clube divulgou imagens do novo segundo uniforme, predominantemente na cor branca envelhecida, um conceito criado pelo clube e a fornecedora de material esportivo. Um tom mais próximo ao bege. A camisa estreia no próximo dia 31 de maio, em partida contra o Bahia, válida pela 8ª rodada do Campeonato Brasileiro. 


Diego é uma das estrelas do lançamento (Foto: Divulgação) 
Contando com o retorno do escudo inteiro, diferentemente da última que só usava o CRF, a camisa terá uma homenagem ao urubu, mascote do time. A ave estará presente em um pequeno destaque nas costas, próximo à nuca. 

A nova camisa do Flamengo estará à venda a partir de hoje pela internet, lojas próprias e lojas oficiais do Flamengo. No dia 1° de junho o uniforme estará disponível nas principais lojas esportivas do país. O valor da camisa é de R$249,99 (masculino) e R$229,99 (feminino e infantil), além do mini-kit (R$ 249,99), que é composto por shorts e camisa para crianças de 2 a 6 anos. 




Flamengo terá preferência no Maracanã, que separará cinco datas de shows por ano


Adiado após pedidos de esclarecimentos do Conselho Fiscal e de comissão jurídica interna, o contrato entre Maracanã e Flamengo foi motivo principal de reunião aberta a conselheiros na noite dessa quinta-feira, na Gávea. O Conselho Diretor buscou esclarecer pontos do contrato, que terá duração superior a quatro anos - de acordo com o novo diretor geral do clube, Bruno Spindel, serão quatro anos e meio de vínculo com o antigo Maior do Mundo, através da concessionária. 

O contrato prevê, em cláusula, direito de preferência do Flamengo sobre a agenda de entretenimento do estádio. Isto é, jogos de mata-mata decisivos, de Libertadores ou de maior apelo de público devem ser realizados no Maracanã em detrimento de shows do estádio - a concessionária vai manter cinco datas por ano para eventos desse tipo, porém só os realizará no Maracanã em dias que não inviabilizem partidas de grande apelo de público no estádio

A exceção, em 2018, é o show do cantor Roger Waters. Na turnê brasileira, o músico inglês toca no Maracanã dia 24 de outubro. Três dias depois, o Flamengo enfrenta o Palmeiras, no Maracanã - isto, claro, se o contrato for assinado.

Bruno Spindel deixa gerência de marketing do Flamengo, para substituir Fred Luz como diretor geral do clube (Foto: Vicente Seda) Em processo de transição, que prevê durar cerca de um mês, ao lado de Fred Luz, Spindel foi questionado pela reportagem sobre o período longo de contrato, em vista que no fim do ano o Governo do Estado terá um novo governador, com possibilidade de fazer nova licitação. 

- Essa questão da concessão, cabe à concessionária e ao Governo do Estado. No molde atual de contrato, o nosso acordo julgamos que é interessante financeira e desportivamente. É o desejo do torcedor também, vai beneficiar nosso sócio-torcedor e dá tempo ao Flamengo de buscar solução definitiva - afirmou Spindel. 
 
O Flamengo em 2018 acenou com acordo de parceria com o Botafogo. No ano passado, investiu R$ cerca de 20 milhões na Ilha do Urubu. Soluções paliativas que, nos bastidores, visavam "isolar" o Maracanã, que ficaria apenas com o Fluminense para jogar no estádio e, então, seria obrigado a rever termos de um eventual acordo com o Rubro-Negro. 
 
- O Flamengo e o Maracanã já vinham conversando há muito tempo. Entendemos que o Maracanã, do porte, do tamanho dele, é muito importante para o Flamengo e o Flamengo é muito importante para viabilizar o estádio. Negociações levam tempo. Esse foi o tempo que levamos para chegar a um acordo - resumiu. 

Ilha: Fla quer cortar custos e cobrar responsáveis por prejuízos
 
Pelo contrato, dependendo da variação de público e renda, o Flamengo vai ter "desconto" de R$ 120 mil a R$ 700 mil a pagar para a concessionária - informação publicada anteriormente pelo blog do jornalista Rodrigo Mattos, no portal Uol. O Rubro-Negro aposta em novo crescimento do sócio torcedor, com o Maracanã como casa na maioria dos jogos das próximas temporadas. Além disso, o clube vai receber parte das receitas em camarotes e na exploração dos bares do estádio. 

 - Não temos projeção fechada de aumento de receitas, mas temos certeza que ter o Maracanã por quatro anos e meio contribui para alavancar a nossa performance esportiva e nossas receitas com o programa de sócios. O que não interfere nos planos do clube de continuar estudando terrenos para uma solução definitiva de estádio para o Flamengo - disse o novo diretor-geral do Flamengo.
 
Motivo de muitos questionamentos entre conselheiros, a Ilha do Urubu segue com o uso indefinido. O clube avalia como cortar custos de operação, já que pouco vai utilizar o estádio da Portuguesa da Ilha do Governador - cujo aluguel custa R$ 300 mil. 

Sem entrar em detalhes, o Flamengo também prepara ação para cobrar as empresas responsáveis pelas colocação das duas torres de iluminação, que tombaram depois do temporal de fevereiro no Rio de Janeiro. O seguro era de responsabilidade dos executores da obra na Ilha, explicaram os dirigentes na reunião da Gávea.

Lista de 35 de Tite para a Copa tem três novatos:Paquetá, Dedé, Maicon


A misteriosa lista de suplentes de Tite para a Copa do Mundo tem três jogadores que jamais foram convocados por ele para a seleção brasileira: Dedé, Maicon e Lucas Paquetá. Outros nomes tiveram pouquíssimas chances, casos de Neto, Arthur, Rodriguinho e Dudu. A informação foi publicada pelo Uol Esporte e confirmada pelo Globo Esporte. com.

 Os suplentes do Brasil:

  1. Neto (goleiro, Valencia-ESP)
  2. Rafinha (lateral-direito, Bayern de Munique-ALE)
  3. Dedé (zagueiro, Cruzeiro)
  4. Rodrigo Caio (zagueiro, São Paulo)
  5. Alex Sandro (lateral-esquerdo, Juventus-ITA)
  6. Arthur (volante, Grêmio)
  7. Maicon (meia, Grêmio)
  8. Rodriguinho (meia, Corinthians)
  9. Giuliano (meia, Fenerbahçe-TUR)
  10. Lucas Paquetá (meia, Flamengo)
  11. Luan (meia-atacante, Grêmio)
  12. Dudu (atacante, Palmeiras)

A presença de Dedé foi revelada pelo técnico no dia da convocação dos 23. Pouco depois, o médico Rodrigo Lasmar disse que Neto entrou na última hora, em razão da suspeita da comissão técnica de algum problema médico do goleiro, que não atuou no fim de semana anterior pelo Valencia. 

Os nomes de Dudu, Maicon e Luan foram expostos por Palmeiras e Grêmio, diante da possibilidade de os clubes não poderem atuar no fim de semana, no Campeonato Brasileiro. O atacante do Verdão ficou fora da partida contra o América-MG, pela Copa do Brasil, por causa do veto da Fifa à atuação dos jogadores pré-inscritos. 

Além de Dedé, Neto, Dudu, Maicon e Luan, o GloboEsporte.com apurou que estão na lista Alex Sandro, Rodrigo Caio, Arthur, Giuliano e Rodriguinho. 

 Tantas indicações inusitadas são a principal razão de Edu Gaspar e Tite terem optado pelo sigilo da lista de suplentes, plano atrapalhado pela falta de entendimento do regulamento que proibia esses atletas de entrarem em campo por suas equipes. Os nomes acabaram vindo à tona pouco a pouco. 

A comissão técnica queria evitar discussões enquanto os 23 iniciassem a preparação rumo à Copa do Mundo, mas a pendência acabou mantendo o assunto em alta. Dedé, por exemplo, sem nunca ter sido chamado antes, superou a concorrência de Gil e Jemerson, que até pouco tempo atrás disputavam um lugar na Rússia. 

O zagueiro do Cruzeiro tem admiração profunda de Tite desde os tempos em que atuava no Vasco. Se o técnico ficar na Seleção após a Copa, suas chances de ser convocado são grandes. 

Do meio para frente, alternativas que foram observadas recentemente, como Talisca e Willian José, foram preteridas por Dudu e Rodriguinho. Houve uma preferência por jogadores que estão no futebol brasileiro em razão das férias europeias. 

A análise da comissão técnica é que daqui a 10 ou 15 dias um atleta que atue no exterior e esteja inativo não consiga se recondicionar em tempo de disputar o Mundial. Entretanto, se algum dos 23 convocados se machucar, o Brasil tem até a noite do dia 16 de junho para substitui-lo por qualquer outro atleta. 




Flamengo busca investidores para museu de R$ 15 milhões na Gávea; veja fotos



Projeto do museu com jogadores do elenco atual do Flamengo (Foto: Divulgação) 

Inspirado no modelo de museus de Boca Juniors, River Plate, além dos europeus, Juventus, Barcelona e Real Madri, o Flamengo quer levantar projeto de R$ 15 milhões na Gávea. Em parceria com a International Sports Ventures (ISV) e Museos Desportivos (MUDE), o clube rubro-negro procura investidores para construir o museu na sede da Gávea.
O espaço
O Fla Memória hoje tem 300 metros quadrados. A ideia é construir espaço bem maior, de 2 mil metros quadrados, com 15 áreas de exposições diferentes e muitas atrações audiovisuais. Contando a história da funação do clube, o remo, até as grandes conquistas. 

Investimento
De acordo com o Rubro-Negro, o custo estimado de investimento é de US$ 4 milhões - cerca de R$ 15 milhões. O projeto seria 100% viabilizado pela ISV e MUDE, com royalties revertidos para o Fla. O Flamengo e seus parceiros apostam em capacidade para atrair de 150 mil a 250 mil visitantes por ano. 

German Lárger, presidente Bandeira, vice Ricardo Lomba e diretor Mac Culloch: visita ao museu do River (Foto: Divulgação)
 German Lárger, presidente Bandeira, vice Ricardo Lomba e diretor Mac Culloch: visita ao museu do River (Foto: Divulgação)

Exemplos
 
Aproveitando a viagem para a Argentina, o presidente do Flamengo, Eduardo Bandeira de Mello, e o vice-presidente de futebol, Ricardo Lomba, visitaram o museu do River Plate, que funciona no mesmo local do estádio Monumental, onde as equipes empataram por 0 a 0 na última quarta. 

 - O projeto de expansão do Fla Memória significa um passo enorme para tornar realidade um sonho de todos os rubro-negros. Tenho certeza de que será um sucesso, não só para a torcida, mas um ponto de atração turística do Flamengo e da cidade do Rio de Janeiro - disse o presidente rubro-negro, Eduardo Bandeira de Mello. 

 Veja mais fotos do projeto:


São 15 áreas diferentes de exposição (Foto: Divulgação)
Visão aberta de uma das salas (Foto: Divulgação)
Sala de troféus no projeto de R$ 15 milhões (Foto: Divulgação) 

Visão de cima do projeto do Fla Memória (Foto: Divulgação)

Homens ou meninos? Fla reduz média em 16 anos e coloca zaga à prova contra o Galo




Chegou a hora de separar os homens dos meninos. O clichê serve para definir o desafio da dupla de zaga do Flamengo, sábado, às 21h (de Brasília), diante do Atlético-MG, no Independência. Sem os experientes Réver e Juan, lesionados, os garotos Léo Duarte e Thuler têm missão dobrada pela frente: ajudar o Rubro-Negro a recuperar a liderança do Brasileirão e mostrar que não há urgência de ir ao mercado para reforçar o setor. 

Léo Duarte em ação no clássico com o Vasco, pelo Carioca: são 30 jogos como profissional (Foto: Gilvan de Souza / Flamengo) 
Com a mudança, Maurício Barbieri tem uma queda drástica na média de idade de sua dupla de zaga: de 36 para 20 anos. Isso porque Rhodolfo, substituto natural dos titulares, está suspenso pela expulsão no clássico com o vasco. A falta de opções fará com que Léo e Thuler entrem em campo juntos pela sexta vez na temporada. 

A parceria até começou bem, passando ilesa aos confrontos com Cabofriense e Bangu no Carioca. A goleada por 4 a 0 sofrida para o Fluminense, entretanto, é a responsável pela pulga atrás da orelha. É preciso recuperar a confiança de um torcedor que os viu em campo ainda na derrota por 1 a 0 para o Macaé e nos minutos finais do 3 a 1 sobre o Atlético-GO, em amistoso. 

Jogos em que Léo Duarte e Thuler jogaram juntos:
  • Flamengo 1 x 0 Cabofriense
  • Flamengo 1 x 0 Bangu
  • Flamengo 0 x 4 Fluminense
  • Flamengo 0 x 1 Macaé
  • Flamengo 3 x 1 Atlético-GO (os últimos 12 minutos)
Segurar um ataque com o consagrado Ricardo Oliveira e Roger Guedes, artilheiro do Brasileirão, será importante também para que ambos comecem a justificar no profissional a fama que os acompanhou na base. Mais rodado, Léo Duarte, de 21 anos, foi campeão da Copa São Paulo em 2016, quando foi capitão. Desde então, são 30 partidas como profissional: 15 vitórias, oito empates e sete derrotas.

- Eu e Thuler só jogamos juntos no profissional, na base nunca jogamos. Mas a gente não sabe qual será a zaga. Quem entrar, dará o melhor pelo Flamengo. É um jogo importante contra o Atlético, vamos entrar com força máxima e foco total para tentar voltar com os três pontos - disse Léo no desembarque no Rio de Janeiro vindo de Buenos Aires. 
 

Para Thuler, a oportunidade é ainda mais desafiadora. Integrado definitivamente aos profissionais desde o início do ano, não fez parte do elenco vencedor da Copinha, mas foi titular no início da campanha no Carioca. Ao todo, são sete jogos no time de cima, que renderam ainda convocações para a Seleção Sub-20. 

A oportunidade diante do Atlético-MG surge justamente uma semana após passagem relâmpago pelas categorias de base. Na decisão do Carioca da categoria, Thuler foi o reforço do Flamengo que bateu o Vasco por 1 a 0 no Maracanã e levou o título. Sete dias depois, o desafio é maior. Chegou a hora de separar os homens dos meninos.

Sem espaço no Flamengo, volante Willian Arão entra na mira do Inter

Willian Arão entra na mira do Inter (Foto: André Durão)Rodrigo Caetano assumiu oficialmente o cargo de diretor executivo do Inter nesta quinta-feira, imediatamente após ser apresentado pelo presidente Marcelo Medeiros e o vice de futebol Roberto Melo no Beira-Rio. O profissional conhecerá sua nova sala, no CT do Parque Gigante, e toda a estrutura de trabalho do clube e logo ficará a par dos nomes analisados pelo Colorado para complementar seu elenco para a disputa do Brasileirão. 

Um deles é Willian Arão, seu velho conhecido dos tempos de Flamengo, último clube por que passou antes do Inter. O volante figura na lista de atletas monitorados pelo departamento de futebol colorado. A diretoria irá repassá-lo, assim, para análise do executivo antes de cogitar uma possível investida pelo jogador. 

 Na entrevista coletiva após a apresentação, Caetano rechaçou que o interesse por Arão trata-se de uma indicação pessoal. O dirigente ainda negou que esteja tratando da negociação e assegurou que ainda não tratou de nomes com a diretoria. 

– Questão do Willian Arão, não conversamos de nomes. Qualquer tipo de especulação é porque vinha sendo tocado antes da minha chegada. Agora, vamos nos informar de tudo – afirma o dirigente. 

De acordo com o que o GloboEsporte.com apurou, o técnico Odair Hellmann mostrou entusiasmo com a possibilidade de contar com o volante, que sofre com contestações por parte da torcida rubro-negra. Os altos valores envolvidos em uma compra estão descartados. 

Willian Arão chegou ao Flamengo em 2016 e foi apresentado por Rodrigo Caetano, à época executivo do clube carioca. O volante foi titular durante boa parte das duas primeiras temporadas pelo Rubro Negro. Perdeu espaço, porém, com o técnico Maurício Barbieri. Em 2018, são apenas oito jogos disputados, o último deles contra o Santa Fe, pela Libertadores. 

quinta-feira, 24 de maio de 2018

River Plate 0 X 0 FLAMENGO


Ficha Técnica

Estádio: Monumental de Nuñez, em Buenos Aires (ARG)

Data-hora: 23/5/2018, às 21h45

Árbitro: Andrés Cunha (URU)

Cartão amarelo: Ignácio Fernández, Ponzio, Enzo Pérez e Maidana (RIV); Lucas Paquetá e Jean Lucas (FLA)

River  Plate: Armani; Montiel, Maidana, Pinola e Saracchi; Ponzio, Enzo Pérez, Palacios (Rojas, 32'/2ºT) e Ignácio Fernández; Scocco (Mora, 38'/2ºT) e Lucas Pratto (Borré, 32'/2ºT) - 
Técnico: Marcelo Gallardo

FLAMENGODiego Alves; Rodinei, Réver, Léo Duarte e Renê; Cuéllar, Jean Lucas (Jonas, 36'/2ºT), Lucas Paquetá e Everton Ribeiro; Vinicius Júnior (Marlos Moreno, 42'/2ºT)  e Henrique Dourado (Lincoln, 36'/2ºT) -
Técnico: Maurício Souza

quarta-feira, 23 de maio de 2018

De saída, Fred Luz revela negociação por "fico" de Vinicius Junior e diz que Ilha do Urubu segue nos planos



Em nota oficial, o Flamengo anunciou na manhã desta quarta-feira a saída de Fred Luz da direção geral do clube. No clube desde a chegada do grupo que conduziu Eduardo Bandeira de Mello à presidência na Gávea, o engenheiro de 64 anos vai ser coordenador de campanha do pré-candidato à presidência da República do partido "Novo", João Amoedo.

Por 35 minutos, Fred Luz atendeu ao Globo Esporte. com. Por telefone, falou dos motivos da saída e, claro, da atuação à frente do Flamengo. Apresentou expectativa positiva pela permanência de Vinicius Junior, artilheiro do Flamengo na temporada, e revelou ainda que o clube vai seguir na administração da Ilha do Urubu, apenas com ajustes a serem feitos, em vista do contrato a médio prazo a ser assinado com o Maracanã.
Confira a entrevista com Fred Luz:
Por que a decisão de sair do Flamengo para se dedicar à campanha política?
Essa experiência aqui no Flamengo me fez acreditar que é possível pegar uma entidade, que é quase pública, com um clube das dimensões do Flamengo, e com práticas de princípios e valores, com energia muito grande, fazer transformações relevantes. Comecei a me questionar se poderia fazer isso fora do futebol, num universo que também é muito carente de transformação, que é a política. Comecei a estudar o cenário em cursos, conhecer partidos que poderiam fazer processos de mudança de fora para dentro e acabou que houve a empatia com o “Novo”, do João Amoedo.

Eu já estava muito junto do Bernardinho, que vai continuar como embaixador do partido, e, como no futebol, qualquer mudança tem que vir da solidez e da sustentabilidade, para compatibilizar o curto prazo sem perder de vista o longo prazo. Eu já disse que quando o Flamengo começar a ganhar, e já está ganhando, vai ganhar sempre, porque vai ter estrutura financeira e gente capacitada. A mesma coisa precisa acontecer no Brasil. 

Como foi esse processo de saída? A conversa com o Bandeira?
Eduardo tem valor maravilhoso nisso (na gestão). Acho que maior exemplo que está dando, no último ano como presidente do Flamengo, é que não está torrando dinheiro. Claro que queremos resultados melhores que em 2017, mas o Eduardo vai deixar legado extraordinário para o próximo mandatário. O próximo presidente vai ter mais dinheiro em 2019 do que temos agora em 2018. 

O que sempre buscamos aqui, solidez e continuidade, estamos fazendo com promoções internas. Tivemos a saída do Rodrigo Caetano, que ajudou para caramba, e propiciou a promoção do Noval. O Barbieri foi trazido para um projeto de longo prazo, mas no futebol, às vezes, as coisas se precipitam e ele acabou assumindo. O Spindel, com quem trabalhei no marketing, também agora como novo diretor geral. 
 
Como vai ser esse vínculo de consultor? É remunerado?
O Eduardo pediu que eu continuasse como consultor para apoiar aqui. Claro que com muito menos intensidade. É um vínculo remunerado, com carga menor de horário e valores menores. Mas não estou saindo hoje. Isso deve acontecer entre a primeira e a segunda semana de junho. 

Que objetivos considera que alcançou nesse tempo todo?
Cheguei para ser diretor do Fla-Gávea, junto com a pasta de marketing. Fiquei pouco tempo. Em 2014 fui promovido a diretor geral. Acho que o principal resultado foi tornar o Flamengo o clube mais sólido do Brasil. Um clube que depende dos seus próprios recursos, que não tem um patrocinador externo ou mecenas que ajude, como o Fluminense já teve.. E seria ótimo se tivesse. Mas o Flamengo está construindo um caminho com robustez, com as próprias pernas. 

Hoje, temos métodos, processos, visão de futuro, sistemas de acompanhamento... Tudo para continuar evoluindo, continuar aumentando receitas, a qualidade da gestão. O próximo passo é buscar excelência na gestão. Isso inclui pouco. Dizem que estou muito no futebol. Mas não vou para o futebol para escolher jogador, dar palpite em técnico. Vou para acompanhar o processo, a estrutura que montamos. 

De que maneira?
Falo da estrutura do Centro de Excelência em Perfomance, do Centro de Inteligência e Mercado, do futebol de base. Hoje, o Flamengo ganhou outra dimensão. Evoluímos, importamos conhecimento com a capacitação dos nossos profissionais, liderados pelo Tannure. Fizemos essa transição da liderança, colocando um cara mais jovem, moderno, propenso em receber isso. Ele tinha experiência com a Exxos (consultora contratada pelo Flamengo) no UFC. 

O Flamengo ficou muito menos dependente de salvadores da pátria. Quando falo que importamos conhecimento não é o cara vir aqui e dizer o que tem que fazer. São processos educacionais. Quando tivemos que fazer substituição na hora crítica, fizemos promoção interna. Como casos do Tannure e do Noval, que já estavam antes da nossa administração e tem a cultura do clube já. Mas não tem terra arrasada, essa coisa de trocar todo mundo. O Flamengo hoje é uma organização que aprende.

Essa última mexida, com demissões de quatro profissionais, não foi mexida grande?
Mas não trocamos todo mundo. A gente trocou pessoas que já passavam muito conhecimento, mas que, na nossa avaliação, não iam levar o Flamengo à evolução e modernização que queríamos. Não fizemos nenhuma mexida que não acreditássemos que fosse importante e relevante. 

Depois de mais de cinco anos, a questão do estádio ainda está longe de ser resolvida. É uma missão incompleta na sua saída, nessa gestão?
Estádio não é uma ciência exata. Estamos cada vez mais perto de ter uma solução. Qualquer que seja a demora, temos uma solução nesse contrato do Maracanã, para os próximos quatro, cinco anos, que ainda vai passar pelo Conselho. Nesse período vamos ver o que fazer. O Maracanã hoje é uma oportunidade. Não são as condições ideais, que o Flamengo só vai ter com seu próprio estádio. E acho cada vez menos provável (que a solução seja) o Maracanã. Cada vez vejo mais dificuldade do Governo do Estado em conseguir conduzir esse processo.
 
O que vai ser decidido da Ilha do Urubu?
A Ilha do Urubu vai ficar como um seguro lá, como sempre foi, para em qualquer eventualidade a gente jogar no Rio de Janeiro. O que está em curso é que estamos em conversa para rever as condições na participação da Portuguesa na recuperação da estrutura. Mas nossa intenção é continuar com a Ilha. 

Soube que você estava negociando, buscando, a permanência do Vinicius. Como está isso?
Temos um acordo com o Real que ele pode ficar por mais tempo. Se não me engano até o meio do ano que vem. 

Mas o Real não pode chamá-lo agora no meio do ano, ao completar 18 anos?
Nosso acordo é que isso vem de uma decisão consensual. 

Isso está no papel?
Está no papel como isso se dá (a decisão consensual). Desde o início, com o Real, a decisão consensual sempre tem prevalecido. 

Então o Vinicius fica até o ano que vem?
Não é que ele fique, ele pode ficar. A nossa expectativa é que isso ande bem. O Real agora está focado na decisão da Champions. Depois disso aí a gente retoma a conversa. O Vinicius está tendo aproveitamento bastante grande aqui, agora, no Flamengo. Estão todos satisfeitos com isso. 

A candidatura do Bandeira, ainda não anunciada, e a sua saída para ser coordenador de campanha, não reforça a ideia de que o futebol virou ponte para a política?
Não vou ser candidato. Repara só, o movimento, a qual pertenci, sempre foi profissional. Vim também numa atitude missionária, num trabalho de transformação no Flamengo. Tive papel importante até por certa independência na condução, apesar de sempre ser muito alinhado com o Conselho Diretor. Acho que o Flamengo tinha uma linha programática desde o lançamento da chapa. E isso foi mantido, mesmo com a dissidência. O Fla se fortaleceu muito, se consolidou, existe esse entendimento do colégio eleitoral. E tem que continuar trilhando esse caminho da responsabilidade. 

Antes de entrar no Flamengo, jamais imaginei trabalhar no Flamengo. Tinha receio do modelo do futebol, tinha aversão e desconfiança. Aqui encontrei ambiente propício a fazer trabalho de qualidade. Uma vez, um cara aqui do Flamengo me mandou um vídeo, com uma citação: “Uma sociedade só prospera quando as pessoas do bem são mais participativas e audaciosas do que as pessoas do mal”. Tenho repetido isso. Aconteceu no Flamengo, com movimento de fora para dentro, com grupos que se organizaram para interferir na política do clube. 

 E se conseguirmos contribuir para repetir isso na administração pública, com progressos importantes para o Rio, para o Brasil... Isso tudo me fez abrir os olhos para esse desafio. O Flamengo é uma das experiências da minha vida. Antes, fui de um grupo empresarial, que hoje é líder mundial no seu segmento, com gestão de excelência. Isso tudo, com princípios e valores éticos que me nortearam no Flamengo, são necessários para governos, gestões na administração pública.