Uma das características do Flamengo de 2009 é a diferença de comportamentos do primeiro para o segundo tempo. Se o time começa os jogos sem grandes atuações, a conversa no vestiário tem surtido efeito.
Só para se ter uma noção, dos 41 gols marcados pelo Fla em 2009, 27 foram no segundo tempo. Um outro bom exemplo é que na Taça Guanabara o time não conseguiu ir para o intervalo vencendo nenhum jogo. Ou foi perdendo ou empatando.
É aí que entra a capacidade de Cuca. O técnico é conhecido por ter uma ótima leitura tática do jogo e também por saber motivar os jogadores para cumprirem as determinações e voltarem com outra postura para o segundo tempo.
Os próprios jogadores, como o zagueiro Fábio Luciano, reconhecem essa capacidade de Cuca.
- Ele consegue mexer bastante conosco no intervalo. Tanto na parte tática quanto na motivação da equipe. Nos passa muita confiança e sabe mexer bem quando necessário - disse Fábio Luciano, para lembrar outro motivo.
- Além disso, o preparo físico também tem ajudado bastante - disse o capitão.
Cuca reconhece suas qualidades, mas divide a mudança de postura com a comissão técnica e, obviamente, com os jogadores:
- Os auxiliares (Andrade, Cuquinha e Eudes) também ajudam muito, pois me passam vários detalhes. Eu também cobro uma pegada mais forte. Às vezes, eu pego um (jogador) e dou uma chacoalhada maior para ele voltar mais ligado - brincou.