Oswaldo de Oliveira está com Guerrero e não abre. No treino da última quarta-feira, pediu que os atletas passassem a bola
para o centroavante o tempo inteiro, independentemente se ele estivesse
dando sequência às jogadas ou não. Nesta sexta, em coletiva, destacou o
esforço do peruano no processo de recuperação de lesão ligamentar
sofrida no tornozelo direito. O período, inclusive, foi marcado por infiltrações e atuações com dores.
Oswaldo atacou de médico e deu uma rica explicação a respeito do
problema. Após o "diagnóstico", fez um apelo aos rubro-negros: "Vamos
ajudar o cara".
-
(O Guerrero) Sofreu uma contusão pesada, muito dolorida, e a
articulação do tornozelo é muito difícil de recuperar. Tem muitos
tendões, músculos, ossos e nervos. É uma articulação altamente irrigada e
isso traz um trauma muito grande. A recuperação é diretamente
proporcional a esse evento todo. E isso, claro, está prejudicando o
cara. É um cara tímido, na dele, que está se adaptando ao Flamengo.
Estou aqui para ajudá-lo. Vai ser muito importante para o Flamengo,
nesse ano, no próximo e para sempre. Vamos com Guerrero, vamos ajudar o
cara! - afirmou.
Oswaldo justificou o pedido lembrando a
importância de Guerrero para o Flamengo. Dentro e fora de campo. O
técnico ainda citou que o camisa 9 integra pré-lista de jogadores que
concorrem à Bola de Ouro - o jornal italiano Gazzetta dello Sport a divulgou nesta quarta.
- O Guerrero é uma situação muito especial para o Flamengo nessa
temporada. A contratação dele foi um evento. Fizeram até música, e achei
muito legal aquilo. Acredito que está entre os 70 que vão disputar a
Bola de Ouro. É um cara que temos de reverenciar. Passou por problemas,
fez uma Copa América muito bonita - opinou.
Oswaldo de Oliveira confirmou a participação do goleiro César no jogo contra o JEC, domingo, ás 11h.
Além
da defesa ao seu principal jogador, o comandante rubro-negro fez
questão de minimizar a discussão entre César Martins e Alan Patrick,
ocorrida no treino de quinta-feira. Ao abordá-la, recorreu ao ano em que
ingressou no futebol para tratar o tema como algo banal no esporte.
-
Circunstância natural. Hoje é dia 2, não é? Então parabéns para mim
(risos). Ontem (quinta) fiz 40 anos de profissão. Comecei em 1º de
outubro de 1975 no Bonsucesso. Já vi jogadores discutindo por
incontáveis vezes. Atores discutem, funcionários em repartições. A busca
pelo acerto às vezes dá discordância. Já vi muitas vezes e continuará
acontecendo. Não é exclusividade do Flamengo - afirmou Oswaldo, que
iniciou no futebol como preparador físico, função que exerceu de 1975 a
1996, quando virou auxiliar técnico. Virou treinador em 99, ao
substituir Vanderlei Luxemburgo no Corinthians.
De importante
também dito pelo treinador foi a confirmação de César no gol do Fla
contra o Joinville, no domingo, às 11h, no Maracanã. O goleiro não havia
treinado no campo ainda nesta semana.
- Treinou bem hoje, normal, e vai para o jogo, sim.
Confira outras declarações de Oswaldo abaixo:
Desfalques
Ainda
tinha esperança em relação ao Pará, porque não era lesão muscular, mas
hoje não conseguimos colocá-lo em campo e estou meio desanimado. Ederson
levou pancada muito forte contra o Vasco, está muito dolorido. Como não
treinou na semana, não deve ser aproveitado para o jogo. Wallace tem
lesão sendo curada, e ele ainda não reassumiu o ritmo para voltar à
equipe.
Cabeça dos jogadores com o momento ruim
Alguns
jogadores têm mais experiência e rapidamente já se recompõem. Outros
nem tanto. O estado geral é muito bom, vejo a equipe muito animada e
confiante. Tenho procurado passar isso através dos treinamentos. Está
novamente pronta para reiniciar uma arrancada vitoriosa.
Briga por Libertadores e, caso a vaga se confirme, a importância de conquistá-la
Objetivo
muito forte, muito importante para o clube, torcida, jogadores e para o
futebol brasileiro. O Flamengo é gigante e precisa se manifestar nesse
sentido, precisa ter essa satisfação. Para o próprio Flamengo, futebol
brasileiro e mundial.
Queda no astral do time
Sentiu
muito a partida contra o Coritiba, jogou muito mal. A partir daquele
jogo houve um decréscimo no ânimo dos jogadores. O espaço era muito
pequeno para reanimar. Normalmente as equipes mais equilibradas, com
técnico há mais tempo, se reestruturam mais rapidamente.
Pressão por vencer o ameaçado Joinville
Pressão
é de sempre. Pode mudar em relação à camisa do adversário ou em relação
ao mando, de se jogar dentro ou fora. O Joinville respeito muito de
maneira especial, porque, embora não estejam vencendo, eles vêm jogando
bem. Contra o Corinthians, jogaram bem. Pô, perderam de 3 a 0, mas antes
de o Corinthians abrir o placar, eles tinham perdido duas chances
claras.