terça-feira, 23 de abril de 2013

Cervejaria recua, e cariocas devem ficar sem aporte para erguer CT´s

O sonho de Botafogo, Fluminense e vasco finalmente começarem a construir seus centros de treinamento ganhou um obstáculo. A Ambev, parceria em diversas ações nos últimos anos, recuou e não entrará mais com o aporte financeiro para iniciar as obras ainda este ano. A verba seria de 50% do orçamento, mas dois fatores primordiais afastaram o investimento: a demora da cessão dos terrenos, a saída da Prefeitura do acordo que fecharia os outros 50%. Assim, os clubes terão de encontrar uma nova solução para não atrasar os planos.

O caso do Flamengo é semelhante, embora já tenha um CT erguido. A diretoria contava com pelo menos R$ 5 milhões da empresa transnacional para finalizar as melhorias necessárias para o Ninho do Urubu, em Vargem Grande, na Zona Oeste do Rio de Janeiro. Os outros três rivais deveriam receber R$ 6,5 milhões, de acordo com a previsão de custo de R$ 13 milhões para deixar o local (hoje recheado de mata alta) em condições de começar a receber treinos.


terreno CT Vasco Botafogo Vargem Grande (Foto: André Durão / Globoesporte.com) 
Local de Botafogo e vasco ainda conta com mata alta (Foto: André Durão / Globoesporte.com)

Desde que a Prefeitura se afastou da transação, mesmo que ainda de forma extraoficial, a Ambev passou a ter o receio de injetar dinheiro em projetos que poderiam ficar emperrados, como em todas as tentativas dos clubes cariocas até hoje. Todos estão endividados, com dificuldades para pagar salários em dia, e a situação do vasco, em especial, é de grave crise há oito meses, a ponto de ter as receitas penhoras pela Fazenda Nacional.

Flamengo e vasco desconhecem decisão
O atraso na definição dos detalhes consequente assinatura dos documentos também teria feito com que a cervejaria redirecionasse parte de seus recursos no período. Após o aval do prefeito Eduardo Paes, o Diário Oficial publicou a cessão das áreas de Vasco e Botafogo apenas no último dia 2 de abril. Ambos dividirão o espaço, também em Vargem Grande, de 58 mil metros quadrados. Já o Flu tem seu terreno separado, em Jacarepaguá.

No entanto, a diretoria cruz-maltina, por exemplo, desconhece a mudança e garante ter um contrato registrado com a parceira, válido por cinco anos, para a exploração do CT com sua marca, em relação a placas de publicidade, anúncios gerais e exclusividade em itens do tipo. O Fla é outro que não sabe do provável afastamento. O vice de patrimônio do Rubro-Negro, Alexandre Wrobel, disse que almoçará com um representante da empresa nesta terça.

Não está descartado, porém, o auxílio por novas maneiras, como a co-participação no investimento de outros eventuais parceiros, na infraestrutura após a construção ou até a entrada como fiador caso empréstimos privados sejam aprovados posteriormente.

Terreno do Fluminense na Barra da Tijuca (Foto: André Durão / Globoesporte.com) 
Terreno para o CT do Flu em 2012, entre a Barra e Jacarepaguá (Foto: André Durão / Globoesporte.com)

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