Aldo não luta pelo Flamengo - não é contratado do clube, que já teve
outro lutador de MMA, Vitor Belfort, em seu rol de atletas - mas
conquistou a torcida ao exibir uma bandeira rubro-negra no seu último
combate, em que defendeu com sucesso seu cinturão contra Mark Hominick,
no UFC 129, no final de abril. A homenagem foi retribuída com uma faixa
com os dizeres "Obrigado José Aldo, nosso campeão do UFC".
- Estava nos Estados Unidos, em Orlando, vendo o jogo pela TV. Fiquei
muito emocionado. Tenho um carinho muito grande pela torcida e fizeram
uma faixa enorme - disse Aldo à reportagem do SporTV.com.
A faixa foi exibida durante um jogo contra o Ceará, pela Copa do
Brasil, numa das poucas ocasiões em que Aldo não estava no estádio. De
acordo com o manauara, desde que veio para o Rio de Janeiro, há oito
anos, frequenta as arquibancadas em jogos do Flamengo religiosamente.
Quando Petkovic fez o gol do tricampeonato carioca em 2001, o lutador
ainda morava em Manaus e torcia pelo Rubro-negro em uma rua fechada,
repleta de flamenguistas. Sua paixão pelo clube da Gávea começou na
infância.
- Eu tinha um amigo mais velho que era flamenguista e eu era muito
colado nele. A gente sempre ficava vendo jogos do Flamengo juntos, e
através desse amigo, virei Flamengo - contou Aldo, que admitiu que o
nervosismo antes de um jogo do time é maior do que quando entra no
octógono: - Lá, está nas minhas mãos, só depende de mim. Aqui, sou
apenas um torcedor.
Pelo que se viu na entrada do Engenhão, os flamenguistas assistiram à
luta de Aldo contra Hominick e aprovaram seu desempenho. Os constantes
pedidos de foto eram sempre acompanhados de comentários sobre o enorme
"galo" criado na testa do canadense pelos fortes golpes do brasileiro.
- É a exposição do MMA hoje em dia. Todo mundo está assistindo, todo
mundo gosta. Como eu expus a bandeira do Flamengo na luta, tem esse
reconhecimento maior da torcida. Pra mim, como flamenguista, é ótimo
sentir um pouco o calor da torcida - comentou.
E lá foi Aldo, sentir um pouco mais de calor da sua torcida nas arquibancadas. Mas sem brigas, como fez questão de frisar:
- Violência não está com nada. O negócio é treinar e lutar.
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