quinta-feira, 4 de julho de 2013

Ferj quer 'sensibilizar' consórcio para apressar volta dos clubes ao Maraca

O presidente da Federação de Futebol do Estado do Rio de Janeiro (Ferj), Rubens Lopes, participou da reunião na última quarta-feira com o Consórcio Maracanã e disse que quer sensibilizar o pool da empresas que comanda a gestão do novo estádio após o fim da Copa das Confederações, com o inuito de agilizar a volta da utilização dos clubes. O Flamengo desponta nas negociações, mas até agora um acordo está longe de ser firmado pela divergência de valores. O Flu também tem interesse em arrendá-lo e dialoga desde maio.

- O que podemos fazer é sensibilizar o Consórcio para que eles venham a entender que eles têm de disponibilizar todo o estádio ou pelo menos a maior parte de suas dependência para os clubes. Há que existir cadeiras, camarotes e tribunas principalmente para os clubes que são protagonistas do espetáculo. Esses clubes é que vão levar público para o estádio - frisou o dirigente, em entrevista à Rádio Brasil.

Estádio Maracanã (Foto: Agência AFP) 
Uso do Maracanã modernizado é alvo de intensa discussão entre Consórcio e clubes (Foto: Agência AFP)
 
O Consórcio Maracanã S.A é formado por Odebrecht Participações e Investimentos, IMX Venues (de propriedade de Eike Batista) e AEG (de origem americana). O primeiro jogo entre clubes está programado para ser o clássico Fluminense x vasco, no dia 21 de julho, pela oitava rodada do Brasileirão. Até lá, a organização promete colocar divisórias para as torcidas e apresentar as novas estruturas aos envolvidos. Rubens Lopes destacou justamente que Polícia e Bombeiros ainda não o conhecem, por não terem participado do torneio da Fifa.

- É importante que a Polícia Militar participe dessas reuniões, e ela vai participar. O Gepe (Grupamento Especial de Policiamento em Estádios) não conhece o Maracanã, até porque não teve nenhuma participação na Copa das Confederações. Aliás, ninguém conhece. Precisamos do Corpo de Bombeiros. Normalmente os órgãos que participavam das reuniões que antecediam os jogos terão que participar agora. Precisamos também do Corpo de Bombeiros - defendeu o presidente da Ferj.

Para Rubinho, a saída do fosso e a aproximação do gramado com a arquibancada é perigosa, e precisa ser estudada uma forma de evitar invasões. Além disso, teme que as conversas se prolonguem excessivamente e prejudiquem os clubes cariocas.

- A concepção atual do Maracanã é extremamente arriscada em termos de segurança e da ordem do espetáculo. Não há barreiras físicas, há uma grande facilidade de se entrar em campo. Até agora, o Maracanã não esteve à disposição dos clubes, causando um impacto financeiro negativo muito grande aos clubes. Se ele não for colocado à disposição dos clubes e do torcedor, se houver um custo tão elevado que não permita que os clubes joguem, aí eu acho que passou a ser mais problema do que solução - apontou.

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