segunda-feira, 4 de agosto de 2014

Líderes do Bom Senso vão a Brasília para tentar barrar lei que consideram 'frouxa'

A possibilidade de aprovação da Lei de Responsabilidade Fiscal do Esporte motivou uma guerra nos bastidores entre a CBF e os jogadores ligados ao movimento Bom Senso FC.

De um lado, a confederação orientou os clubes a pressionar deputados para a provação imediata do projeto, do jeito que está. Do outro, o Bom Senso vai enviar a Brasília nesta terça-feira um grupo de jogadores para tentar evitar que o projeto seja votado do jeito que está.

Nesta terça-feira, vários líderes do movimento de jogadores - entre eles Alex, Dida, Barcos - vão participar de uma reunião com o deputado federal Romário (PSB-RJ), para tentar convencê-lo a atuar contra a aprovação do projeto.

O projeto de lei, de autoria do deputado Otávio Leite (PSDB-RJ), prevê que os clubes tenham um prazo de 25 anos para pagar suas dívidas fiscais (Receita Fe­­deral, Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional, Banco Central e FGTS). O valor total é estimado em R$ 4 bilhões.

Em troca, os clubes teriam que apresentar Certidão Negativa de Débitos antes do início de cada competição - quem não o fizer, corre risco de ser rebaixado. O projeto não prevê comprovação de que salários e outras obrigações estejam em dia. O Bom Senso considera frouxas as contrapartidas.

O presidente do Coritiba, Vilson Ribeiro de Andrade, é o líder da Comissão de Clubes criada pela CBF para tratar do assunto. Andrade é a favor da aprovação do projeto, mas afirma estar pessimista com a morosidade do processo todo.

- Muitas arestas não foram aparadas, e não adianta votar o projeto assim. Levaria a um desgaste de todos os lados. Alguns pedidos do Bom Senso são impossíveis, outros pedidos dos clubes também são difíceis. Não vejo como o projeto possa ser votado em breve.

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