sexta-feira, 1 de junho de 2012

Flamengo já sabia sobre o processo de R10 e recolhia provas


A decisão de Ronaldinho, a princípio, não surpreendeu a cúpula de futebol do Flamengo. Há cerca de 20 dias, o clube recebeu uma notificação sobre a dívida com o jogador com o aviso de que teria apenas dez dias para quitar o débito.

Ciente de que o caso caminharia para a Justiça, o clube também se articulava. O Flamengo preparava uma ação por meio da qual poderia quebrar o vínculo, alegando demissão do jogador por justa causa.

Como ponto favorável ao Rubro-Negro, os deslizes disciplinares cometidos por Ronaldinho encabeçavam a lista.

Antes mesmo de a crise ganhar mais contornos, foi recomendado a Paulo César Coutinho, quando assumiu o cargo de vice de futebol, fazer um relato de todas as faltas de R10 no clube.

Inicialmente, o dirigente não aprovou a ideia, com receio de entrar em conflito com o principal jogador do clube, como aconteceu com o ex-diretor de futebol Luiz Augusto Veloso, que colocou o cargo à disposição depois que Vanderlei Luxemburgo foi demitido no início do ano.

A sugestão partiu do departamento jurídico, que deixou a cargo dos poderes do futebol esse trabalho de recolhimento de provas a favor do Flamengo no caso de um eventual embate judicial posteriormente.

Os cerca de R$ 40 milhões cobrados pelo jogador na Justiça são equivalentes a quase 20% do orçamento de R$ 203 milhões do Flamengo para este ano. Se forem considerar apenas as despesas correntes, que são de R$ 127 milhões, a dívida com o atacante poderá representar pouco menos de um terço desse montante.

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