sábado, 6 de agosto de 2011

O fator primeiro tempo: Fla quase nunca vai para o intervalo perdendo


Luxemburgo no treino do Flamengo (Foto: Alexandre Cassiano / Agência O Globo)
Um dos fatores que ajudam o Flamengo a manter sua invencibilidade neste Campeonato Brasileiro é o fato de o time, quase sempre, chegar ao vestiário no intervalo sem estar atrás no marcador. Dos 14 jogos que disputaram, em apenas duas oportunidades, contra Bahia e América-MG, os rubro-negros terminaram a primeira etapa em desvantagem. Se os números forem ampliados para os 41 confrontos da temporada, os cariocas só saíram derrotados no tempo inicial em mais outras duas oportunidades (Fluminense e Ceará). Vanderlei Luxemburgo diz entender que este tipo de situação é positiva no andamento de uma partida.

- Claro que é diferente, muda bastante, pois se chegarmos em desvantagem só teremos 45 minutos para virar. Mas, se isso acontecer, nós vamos ter que trabalhar para nos recuperarmos – afirmou.

Para que a história continue sendo escrita dessa maneira diante do Coritiba, outro fator preponderante para os bons resultados do time no ano é o apoio da torcida. O comandante Rubro-Negro afirmou que mesmo nos momentos mais difíceis ela jamais deixou de estar ao lado dos jogadores.

- Ela estando ao nosso lado somos mais fortes ainda. Esse ano não lembro da torcida contra a gente, mesmo tendo uns seis que gostam de gritar. Mas aí a gente retruca e fica tudo bem (risos) – completou.

Ao terminar de falar sobre o assunto, o treinador foi perguntado sobre a vigília feita por alguns torcedores a jogadores de futebol, tendo como exemplo, o ocorrido com os atacantes Fred e Rafael Moura, do Fluminense e a Ronaldinho Gaúcho. Enfático, Luxemburgo condenou este tipo de ação e foi além.
 
- Sou totalmente contrário, se fosse comigo eu iria à delegacia e faria um B.O. (Boletim de Ocorrência). Vivemos em um país muito complicado com algumas questões. Veja, por exemplo, alguns casos de homofobia (preconceito contra homossexuais) que existem por aí. O direito de um cidadão vai até onde começa o do outro. Essa é uma discussão um pouco mais ampla. Os clubes têm a possibilidade de usar o direito de imagem. Os contratos devem ser bem redigidos, mas o jogador não pode ser refém dessa situação dos torcedores. Torcida não tem que ir atrás de jogador – explicou.

Gramado do Engenhão
Palco da partida deste sábado contra o Coritiba, o gramado do Engenhão voltou a ser criticado pelo técnico Vanderlei Luxemburgo. Contudo, o treinador eximiu de qualquer tipo de culpa a diretoria alvinegra.

- Liberdade é um direito que você tem de externar no seu trabalho. A realidade é que o gramado está ruim, mas é claro que eles (a diretoria do Botafogo) não fazem de propósito. Eu sei que o engenheiro e o Maurício (Assumpção, presidente) não querem o campo ruim. A carga de responsabilidade foi toda para o Botafogo, ele foi responsabilizado por tudo, mas não pode ser assim. Sem o Maracanã, o Engenhão ficou responsável por quase todos os jogos. O Maurício faz um grande trabalho à frente ao clube.

Parabéns a Zagallo
O treinador aproveitou também para desejar felicidades ao ex-técnico Zagallo, que completa, na próxima terça-feira, 80 anos de idade.

- Zagallo é meu ídolo. Para mim, o melhor técnico do mundo, tem que se respeitado. Treinador e pessoa fantástica. Jantei com ele outro dia, ele não pagou, eu paguei (risos), mas é fantástico. Foi meu treinador, meu companheiro – elogiou.


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