quinta-feira, 15 de julho de 2010

Inquérito aponta que Bruno foi a MG no dia em que Eliza teria sido morta

O Jornal Nacional teve acesso, com exclusividade, às primeiras informações do inquérito policial sobre o desaparecimento de Eliza Samudio. As investigações ainda não foram concluídas, mas o inquérito já tem mais de 800 páginas. Nele, os policiais tentam reconstruir o que aconteceu com a jovem, desde 4 de junho.




Duas amigas de Eliza foram à polícia do Rio, 20 dias depois, fazer uma queixa do sumiço de Eliza. Em 25 de junho, o Disque-denúncia, em Minas Gerais, recebeu a informação de que ela teria sido assassinada e enterrada no sítio do goleiro Bruno de Souza, em Esmeraldas (MG).

Durante as investigações, a polícia flagrou a mulher de Bruno, Dayanne Souza, com o filho de Eliza. O bebê estava em uma casa, em Ribeirão das Neves (MG). Em depoimento, Dayanne contou que Bruno disse que Eliza tinha abandonado o filho.

Até agora, a polícia não havia confirmado à imprensa que Dayanne estava com a criança. A informação era de que o menino, que hoje tem cinco meses, foi encontrado na casa de uma senhora desconhecida.

Um dos relatos mais detalhados que a polícia obteve foi do menor detido na casa de Bruno, no Rio. Ele falou sobre o envolvimento de amigos do jogador e do próprio Bruno no desaparecimento, além da forma cruel como Eliza teria sido assassinada.

Depois desse depoimento, o jogador Bruno, a mulher dele e outras cinco pessoas tiveram a prisão decretada, em Minas Gerais. A Justiça também determinou a internação provisória do menor.

Idas de Bruno ao sítio
Várias testemunhas que aparecem no inquérito confirmam que Bruno esteve no sítio, em Esmeraldas (MG), no período em que Eliza teria sido mantida refém.

O registro da portaria do condomínio onde fica essa propriedade também confirma a entrada dele, em 6 de junho, às duas da tarde, e a saída, 45 minutos depois.

O jogador teve a entrada registrada novamente três dias depois, em 9 de junho. Dessa vez, Luiz Henrique Ferreira Romão, conhecido como Macarrão, amigo de Bruno, também chegou, mas, em outro carro.

Dia nove é a mesma data em que, segundo a polícia, Eliza foi assassinada.

Morte
Pelo depoimento do menor, o ex-policial civil Marcos Aparecido dos Santos teria assassinado Eliza, esquartejado e jogado partes do corpo dela aos cães. Até agora, nenhum vestígio do corpo foi encontrado.

No inquérito, constam ainda trocas de e-mails entre Eliza e a advogada dela. Em um deles, a jovem diz que Bruno a ameaçou de morte, porque ela se recusava a fazer um aborto.

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