quarta-feira, 26 de novembro de 2008

Flamengo: Investigação por Kleberson

Na próxima segunda-feira, o conselho deliberativo do Flamengo irá se reunir para votar as contas de 2007. Elas devem ser aprovadas, mas com ressalvas a serem apuradas. Uma delas é referente à contratação de Kleberson. O conselho não sabe se o destinatário correto recebeu a comissão de 250 mil euros (cerca de R$ 760 mil) pela negociação.

Ao invés do dinheiro ser depositado numa conta indicada, ele foi parar na conta nº 68044204.0811 no Banco Barclay Ban Suisse, na Suíça, em nome da empresa Deport Marketing, de Londres, cujo correntista não pode ser identificado. Foi aberta, então, uma Comissão de Inquérito pelo conselho deliberativo para descobrir quem foi o recebedor desta quantia e para cobrar o recibo fiscal desta transação. Além disso, os conselheiros rubro-negros também solicitam ao conselho diretor o recibo de um milhão de euros (cerca de R$ 3 milhões) pela compra de Kleberson ao Besiktas, da Turquia.

- Realmente existe uma comissão que está requerendo todos os documentos e recibos dessa negociação do Kleberson. Mas não dá
para dizer se houve irregularidade ou não 0 disse José Saba Filho, integrante dessa comissão.

Em setembro de 2007, Kleberson foi contratado pelo Fla . Na época, por abandonar o Besiktas, o volante precisava pagar 3,18 milhões de euros (quase R$ 10 milhões) de multa ao clube e ficar quatro meses sem jogar por conta de punição estabelecida pela Fifa.

Michel Asseff Filho, advogado do Fla, e o diretor Eduardo Manhães renegociaram a dívida de Kleberson para 1,25 milhão de euros. O valor a ser pago ao clube turco com a venda de 20% dos direitos econômicos de Renato Augusto à Traffic. Kleberson cumpriu a punição e estreou em janeiro desse ano. Na próxima terça-feira (um dia depois da votação das contas de 2007) a Comissão de Inquérito irá se reunir com o vice de finanças José Carlos Dias e com Michel Asseff para que a operação seja explicada.

Na Gávea, alguns conselheiros temem que este caso envolvendo Kleberson tenha o mesmo desfecho da venda de Ibson, em 2005. José Carlos Dias negou qualquer irregularidade.

- Isso é questão política. Fizemos um contrato de câmbio com uma empresa séria e as contas de 2007 têm o aval do conselho fiscal e serão apresentadas pela Casual. Vamos entregar as documentações a quem for preciso - disse Dias.

O LANCENET! não conseguiu contato com Asseff Filho, que estava no sorteio da Libertadores, no Paraguai.

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