sexta-feira, 30 de abril de 2010

No treino do Flamengo, Rogério simula pressão corintiana no Pacaembu

Se o técnico Mano Menezes deu ênfase à marcação sob pressão no treino desta sexta-feira, em São Paulo, Rogério Lourenço também procurou trabalhar a parte tática do Flamengo para o duelo com o Corinthians, na próxima quarta-feira, no Pacaembu, pelas oitavas de final da Libertadores. No coletivo comandando no Ninho do Urubu, o treinador rubro-negro deu sinais do que pretende que o time faça e explicou qual deve ser a postura em campo com a vantagem no placar.

Como o jogo no Maracanã terminou 1 a 0, o Corinthians será obrigado a buscar o ataque e pressionar a saída de bola rubro-negra. Talvez por isso, Rogério tenha armado um time reserva bem ofensivo no coletivo de hoje. Ramon, Petkovic, Michael, Bruno Mezenga e Denis Marques jogaram juntos contra os titulares.

A todo momento, o treinador orientou o time a jogar de maneira compacta e tentar valorizar a posse de bola.

- Aproximação, gira e opção. Aproximação, gira e opção – repetiu Rogério algumas vezes durante o trabalho tático.

Na sua coletiva, ele explicou a orientação.

- Quando estivermos com a bola, temos de procurar ser rápidos. Se não tivermos experiência fica difícil. Os jogadores têm de jogar de maneira compacta e dando opção – disse o treinador, que promoveu a entrada de Vinícius Pacheco no lugar do suspenso Michael.

Ele ainda não quis confirmá-lo como titular contra o Corinthians, mas deixou clara que sua intenção é jogar nos erros do adversário, explorando os contra-ataques.

- Acho que o Michael é um jogador mais técnico e vinha fazendo boas partidas. O Vinícius pode imprimir mais velocidade nos contra-ataques e compor o meio mais pela esquerda. Mas ainda não decidi. O treino de hoje foi para treinar mais a posse de bola – disse Rogério.

Segundo ele, a vantagem conquistada no primeiro jogo é importante, mas não pode mudar as características do time se portar em campo pelo fato de o empate classificar o Flamengo. Sua teoria é de que para vencer a Libertadores é preciso atuar com um padrão tático em qualquer situação.

- Temos de saber jogar com a vantagem conquistada no Maracanã, mas não podemos entrar em campo pensando em jogar pelo empate. Temos de continuar jogando da mesma forma e com a mesma cautela. Para se ganhar este tipo de competição é preciso manter a mesma maneira de atuar em casa quando se joga fora, com alguns detalhes diferentes – disse Rogério.

O técnico também pediu atenção com uma das jogadas exploradas pelo adversário na última quarta-feira, no Maracanã.

- As bolas aéreas definem muitos jogos hoje em dia. Como o Pacaembu deve ter as dimensões menores do que as do Maracanã, a tendência é que eles usem um pouco mais essas jogadas de bola aérea. Mas tem de estar preparado para isso, para as bolas rápidas, para tudo o que vier... Sabemos da força do Corinthians no Pacaembu, mas eles sabem da força do Flamengo em qualquer local – explicou.


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