quinta-feira, 1 de agosto de 2013

Presidente do Flamengo sofre com susto e gritaria no voo de volta da Bahia


Eduardo Bandeira Presidente Flamengo (Foto: Reprodução / Twitter)
Se o último dia de julho soou trágico para o Flamengo, agosto já apresentou seu cartão de visitas ao presidente do clube, Eduardo Bandeira de Mello. Depois da derrota para o Bahia por 3 a 0 na Fonte Nova na noite de quarta-feira, Bandeira sofreu para voltar de Salvador nesta quinta. O dirigente foi assediado em sua poltrona por torcedores que conversaram sobre a qualidade do time, demonstraram preocupação com o futuro no Brasileirão e quiseram saber do paradeiro do vice de futebol, Wallim Vasconcellos. Mas esse não foi o problema. O trajeto - que normalmente demora duas horas para ser percorrido - levou sete horas. E, em certo momento, sem ter onde pousar, o comandante do voo chegou a dizer que tinha apenas "40 minutos de combustível" para desespero e gritaria dos passageiros. 

O voo deveria ter saído às 7h13m de Salvador e pousado no Aeroporto Internacional Tom Jobim pouco depois das 9h.  Mas o nevoeiro que fechou os aeroportos do Rio na manhã desta quinta-feira impediu isso e causou  uma série de contratempos.

- Era para sair de Salvador às 7h13m e chegar ao Galeão por volta de 9h10m. Saímos umas 8h20m e, por causa do nevoeiro, avisaram que teríamos que pousar em Guarulhos. Quando chegamos lá, ficamos 2h30m dentro do avião esperando autorização para sair. De repente, parece que liberaram, o avião começou a taxiar, mas de repente voltou. Parecia filme de terror. Depois, voltou, andou na pista, teve autorização e decolou. Percebemos, então, que a velocidade foi reduzida e começaram a fazer o formato de zero, rodando em círculos. Primeiro, quatro círculos por uns 30 minutos; depois, mais 25. O piloto, então, anunciou que só tinha mais 40 minutos de combustível. Começou uma gritaria no avião, o pessoal louco, cobrando da aeromoça como o piloto falava aquilo! Enfim, conseguimos descer às 13h40m no Rio - revelou André Tozzini, torcedor que estava na poltrona ao lado do presidente Eduardo Bandeira de Mello.

O primeiro voo em círculo aconteceu na altura de São José dos Campos. Depois, já na altura de Barra Mansa, quando o piloto fez a previsão de apenas mais 40 minutos de combustível, o que potencializou o pânico a bordo.

Rota de voo do presidente do Fla (Foto: Andre Tozzini) 
Na rota de voo, os círculos que o avião teve que fazer durante o voo de Guarulhos para o Rio
(Foto: Andre Tozzini)
 
Além do terror aéreo, o mandatário rubro-negro parecia não encontrar respostas para perguntas de torcedores presentes no mesmo avião. Eles debateram sobre a má fase da equipe, e também destacaram a necessidade de contratar reforços.

Com jeito de pacato cidadão, Bandeira não alterou o tom de voz, admitiu que a situação é complicada e usou o discurso de praxe:

- Estamos tentando, mas não podemos prometer nada.

Por fim, o dirigente foi questionado sobre o paradeiro do vice-presidente de futebol, Wallim Vasconcellos, que estava recentemente em viagem de férias e sumiu do dia-a-dia do clube, mesmo com as turbulências no futebol rubro-negro.

Os torcedores presentes no mesmo voo de Bandeira de Mello chegaram a dar orientações para que ele cobre da sua diretoria, pois não seria justo tudo estourar apenas na presidência.

Cantarelle, preparador de goleiros do Flamengo, também estava no voo, que chegou a ter aplausos de passageiros quando conseguiu decolar de Guarulhos. E alívio quando, enfim, pousou no Rio.




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