segunda-feira, 3 de janeiro de 2011

Basquete: Flamengo troca de técnico e de sotaque, mas superstição permanece

O sotaque é o mesmo de Rubén Magnano. Gonzalo Garcia também vem da Argentina como o técnico da seleção brasileira, também trabalhou com a Geração de Ouro daquele país (foi assistente de Sergio Hernández) e aceitou atravessar a fronteira para iniciar um novo desafio. Mas em seu terceiro treino à frente do Flamengo, mostrou uma característica distinta de seu compatriota: a superstição. Neste ponto, se aproxima mais de Paulo Chupeta, antigo comandante Rubro-Negro que carregava alhos no bolso da calça para ajudá-lo nos momentos mais críticos do jogo. O amuleto de seu sucessor tem relação com os pés.

- Se a equipe ganha, não troco as meias. Mas lavo - disse o treinador, apresentado oficialmente à imprensa nesta segunda-feira, no ginásio do Tijuca.

Em seu segundo dia de trabalho com a equipe, Gonzalo Garcia, que fechou por seis meses, tem contado com a orientação de João Batista, que foi auxiliar de Chupeta. E deixou claro que gostou do que viu até o momento. O argentino chegou até a Gávea após indicação de Carlos Duro. O ex-assistente de Hélio Rubens nos anos dourados do basquete do Vasco não pôde aceitar o convite para treinar o Flamengo devido ao compromisso com o Los Indios. Sergio Hernández, que deixou o comando da seleção argentina após o Mundial da Turquia, também foi contatado pela diretoria rubro-negra. Com contrato em vigor com o Peñarol de Mar del Plata até abril, ele não teve como atender ao chamado, mas não fechou as portas para uma nova negociação após esse período.

- Marcelinho é um grande jogador e não seria respeitoso de minha parte dizer como ele deve se comportar. Mas todos os jogadores foram excelentes nos primeiros treinos. Todos treinaram com vontade, como se fossem garotos do infantil. E isso só me motiva para enfrentar o que vem pela frente. O Flamengo é uma grande equipe. Uma das melhores das Américas. Em todos os clubes há responsabilidades. Nosso objetivo é manter o time na vanguarda do NBB e conseguir a classificação para a segunda fase da Liga das Américas.

Para isso, já sabe que terá de trabalhar sem descanso, já que foi avisado do tamanho da paixão dos torcedores. Pretende também imprimir seu estilo de jogo, mas aos poucos.

- Antes de eu vir para cá me disseram que esta é a maior torcida do mundo. Então, vou trabalhar sem descanso. Vou colocar um pouco do meu estilo, mas quero aproveitar o que foi feito, principalmente o esquema ofensivo que é muito bom. A intenção é ir passo a passo.

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