sexta-feira, 11 de junho de 2010

‘Pausa’ pela chegada de Zico pode atrapalhar liberação de Marcinho

Após o tumultuado fracasso na negociação para ter Felipão, Zico já mandou o recado de que está voltando da África do Sul no domingo para assumir diretamente a maioria das contratações e renovações, e inciar o tão sonhado projeto de profissionalização do departamento de futebol. Com esta sinalização do diretor-executivo, boa parte dos dirigentes amadores que vinham se dividindo nas negociações por reforços interrompeu suas movimentações. A paralisação só não valeu para o acerto com o zagueiro Jean, na última quinta-feira, e para os casos em que o clube já mandou proposta oficial, como os de Riquelme e Jobson. Mas a tal "pausa" pode ter atrapalhado o retorno de Marcinho ao Flamengo.

É que apesar de haver um interesse mútuo para que ele volte à Gávea, a diretoria não concretizou, até a noite de quinta-feira, uma proposta pela liberação do meia-atacante junto ao Qatar SC como chegou a ser sugerido. Tudo porque os dirigentes do clube árabe devem sair de férias nesta sexta-feira, só retornando às atividades normais em agosto. Ou seja, negociar a rescisão do contrato que vai até agosto de 2011 ficará mais difícil a partir dos próximos dias, mesmo que Marcinho tenha a intenção de voltar ao Brasil por conta do problema de saúde do pai, Valdecir.

Por mais que o nome do meia já contasse com a aprovação de todos no clube, a diretoria achou por bem não emitir tal documento antes da chegada de Zico, que retorna dos compromissos na Copa do Mundo no domingo. Mas na mesma quinta-feira em que frearam a negociação com o meia-atacante, os dirigentes aceleraram no sentido do zagueiro Jean, de 30 anos, e fecharam contrato até dezembro de 2011, por mais que ele esteja longe de ser um nome com o status prometido para o setor.

A explicação para duas condutas diferentes no mesmo dia também pode vir do fato de o Flamengo ter atualmente vários dirigentes amadores conduzindo as negociações do departamento de futebol. Além de participar das reuniões diretamente, o vice de futebol, Hélio Ferraz, ainda organiza as ações comandadas pelo vice de finanças, Michel Levy (que cuida, por exemplo, dos casos com Montillo, Renato e Marcinho); pelo diretor de futebol, Carlos Peixoto (casos Jean e Emerson); pelo colaborador Walter Oaquim (Riquelme e Jóbson); pelo gerente de futebol, Isaías Tinoco (que ajudou na ponte com Jorge Machado, empresário de Rafael Sóbis e Thiago Humberto); e pelo diretor jurídico, Michel Asseff Filho (responsável recente pelos contatos com os representantes de Vagner Love e outras renovações).

A chegada de Zico, que começa a trabalhar na Gávea a partir de segunda-feira, serve justamente para organizar essa questão. Além da centralização das principais negociações, o diretor-executivo chega acompanhado da sua credibilidade e conhecimento do mundo do futebol. Só não terá, num primeiro momento, a colaboração de alguns dos dirigentes do grupo citado, já que o vice de finanças viajou para a África do Sul para assistir à Copa do Mundo e o diretor de futebol também deve seguir os mesmos passos nos próximos dias.


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