sexta-feira, 28 de maio de 2010

Flamengo perde por 93 a 90 para o Brasília e série fica empatada em 1 a 1

O Brasília entrou em quadra nesta sexta-feira disposto a apagar a imagem de apatia apresentada no primeiro tempo do confronto que abriu a série final do NBB contra o Flamengo, no Rio. Entrou disposto a transformar os problemas internos, as palavras ditas pelo pivô Mineiro e dirigidas ao grupo às vésperas da segunda partida, em combustível extra para aquele que era considerado o jogo de vida ou morte para as pretensões do elenco. Deu certo. Jogando diante de sua torcida, conseguiu a vitória por 93 a 90 (44 a 45) e igualou a melhor de cinco. Neste domingo, às 11h30m, os times voltam a se enfrentar no ginásio Nilson Nelson, no Distrito Federal.

estevam, brasília x flamengo, nbbEstevam marca na vitória do Brasília. Time empata a série final do NBB contra o Flamengo em 1 a 1

O triunfo veio, não sem susto. A 5s do fim, depois de ter conseguido abrir 10 de frente, o time da casa deu a linha de três para Marcelinho, que já tinha anotado daquela distância 30 de seus 41 pontos. Só precisava de mais uma para provocar a prorrogação. Não conseguiu.

- Conseguimos fazer o dever de casa. Agora é uma série melhor de três, com dois jogos em casa. Temos que ganhar o próximo, aproveitar que será aqui, para jogar a responsabilidade para eles. Foi uma vitória na raça – comemorou Guilherme, maior pontuador do Brasília com 19 pontos.

O resumo do jogo foi dado pelo técnico Lula Ferreira: “difícil de jogar, difícil de dirigir, difícil de apitar e bom de se ver”. Mas os 11 a 0 marcados pelo Flamengo logo no início da partida fez o Brasília recordar o que queria esquecer.

Assim como no primeiro jogo da série, a equipe perdia ataques seguidos e via o adversário deslanchar no marcador. Valtinho resolveu, sozinho, dar um basta na situação. Com uma cesta de três fez a diferença começar a diminuir e acabou contagiando os companheiros. De três em três e atentos à marcação de Marcelinho, o Brasília chegou ao empate (17 a 17). Se seu principal cestinha do Flamengo não encontrava tantos espaços, Teichmann assumia a responsabilidade e ajudava o Rubro-Negro a respirar: 27 a 21.

Do outro lado, apesar de ter ficado sem Alex em quadra por quatro minutos - pendurado com faltas -, o Brasília não esmorecia. Guilherme Giovannoni e Nezinho se juntaram a Valtinho e conseguiram a virada: 37 a 35. O Flamengo tentava, sem sucesso, frear o ímpeto dos anfitriões. Mas os quatro jogadores vindos do banco se esforçavam para diminuir a diferença de seis pontos. O empenho acabou sendo recompensado. Marcelinho reapareceu no jogo e no último minuto do segundo quarto converteu dois arremessos longos certeiros. Logo em seguida, Dedé encontrou o caminho livre no garrafão do rival e recolocou o Flamengo na frente: 45 a 44.

O Brasília não teve tempo de piscar na volta do vestiário. Quando viu, os atuais campeões brasileiros já tinham feito cinco pontos. A equipe retomou seu ritmo, recuperou o comando do placar mas teve pouco tempo para comemorar. Com a volta de Duda e Teichmann ao quinteto titular, o Flamengo seguia firme no seu propósito de conseguir a segunda vitória na série. Encontrava resistência, mas não facilitava as ações dos donos da casa. Os times seguiram se alternando no marcador até que o Rubro-Negro começou a desperdiçar os ataques e os comandados do técnico Lula Ferreira souberam tirar proveito: 69 a 61.

A essa altura, Marcelinho já não conseguia esconder seu descontentamento com as marcações da arbitragem. Ele e Alex, seu marcador, chegaram a se desentender. A essa altura, com a cabeça quente, o Flamengo já não rendia mais. O Brasília seguia administrando a vantagem de oito pontos que conseguiu construir. Mas de olhos bem atentos em Marcelinho, que não desistia, apesar dos 10 pontos atrás. Quando Alex & Cia. achavam a situação estava confortável, o cestinha converteu duas bolas de três que ajudaram o time a se aproximar novamente: 91 a 88.

Marcelinho teve a chance de levar a partida para a prorrogação a 5s do fim, mas não acertou o chute de três.

- É um playoff final. Não poderíamos esperar nada diferente. Achei que muitas faltas foram marcadas, mas é critério de arbitragem. O time da casa levou vantagem. Tivemos a chance de igualar no final, mas não era o nosso dia - disse Marcelinho.


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