sexta-feira, 11 de dezembro de 2009

Petkovic cai no samba e ignora quem o humilhou: 'Tô nem aí'

Petkovic requebrou ao som do samba, ouviu o funk em sua homenagem e citou um hit do pop brasileiro para demonstrar indiferença a quem era contra sua volta ao Flamengo. Tudo isso na noite desta quinta-feira, no barracão da Portela. A mistura musical sem preconceito resume bem o país e a cidade que acolheram o sérvio.

Segundo Pet, foi justamente o estilo heterogêneo do Brasil e do Rio de Janeiro que proporcionaram ao Flamengo ser campeão brasileiro. A união do nordestino Angelim, com o favelado Adriano, o negro Andrade e o "gringo" deu o resultado.

- Aqui não tem etnia, não tem segregação. Por isso é muito fácil reunir pessoas tão diferentes e dar tudo certo, como ocorreu neste caso. O nosso time foi campeão.

O evento na Cidade do Samba começou com mais de duas horas de atraso. Culpa do temporal. Mas nem um peculiar problema carioca tirou o bom humor de Pet. Recepcionado por bateria, porta-bandeira e mestre-sala, o jogador do Flamengo recebeu uma águia das mãos do presidente da Portela, Nilo Figueiredo.

- Sou águia desde o nascimento, pois na bandeira do meu país também há uma - disse Pet, que desfila na escola de Madureira há dois anos.

Sabatinado sobre o futuro, o meia revelou que iniciou os contatos para prolongar o contrato, que se encerra no meio de junho de 2010. Nesta sexta-feira, ele embarca para a Sérvia para rever parentes e amigos.

- Já houve uma conversa com meu empresário. Mas a partir de amanhã (sexta) estarei longe e não vou poder acompanhar - declarou.


Antes de partir, Pet deixou a inibição de lado e arriscou um samba no pé.

- Paguei muito mico? - questionou.

Diante da resposta negativa, empolgou-se. Antes, aproveitou para responder de maneira elegante aos que debocharam de sua contratação. Quando Pet reduziu a dívida que tem com o Flamengo de R$ 16 milhões para R$ 8 milhões e assinou contrato por um ano, o departamento de futebol, então comandado por Kleber Leite, e o técnico Cuca o boicotaram.

- Sempre me perguntaram por que eu voltei mesmo com a humilhação que algumas pessoas tentaram fazer. Mas eu jamais vi assim. São milhões de brasileiros querendo colocar o manto sagrado a qualquer custo. E eu queria isso novamente. Não é por causa de certas pessoas que isso iria mudar. Como diz aquela música: "Tô nem aí". O que o Flamengo proporcionou na minha vida é inesquecível - declarou.


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