terça-feira, 10 de novembro de 2009

Pet, sobre homenagem na Calçada da Fama: 'Fiquei emocionado. É uma honra'

Paletó novo, preocupação com os cabelos e com a maquiagem. A preparação para Petkovic ser entrevistado por Jô Soares nesta terça-feira era bem diferente da que faz para entrar em campo pelo Flamengo. Bem humorado e brincando com a idade ('Tenho 27 anos', disse ele, brincando), o meia rubro-negro recebeu a reportagem do GLOBOESPORTE.COM no camarim para um rápido bate-papo. A conversa inicial foi sobre gols olímpicos:

- Tem mais gol olímpico por aí?

- Chega, né? Você quer mais?

- Está treinando?

- Agora eu não treino, só executo. Foi o gol olímpico mais bonito da minha carreira, até mais do que aquele contra o Vasco.

Marcos Ribolli/GLOBOESPORTE.COM

Nos bastidores, Petkovic autografa uma camisa do Flamengo

Foi pelos gols olímpicos e também por tantos outros serviços prestados ao futebol carioca que Petkovic foi convidado para ter seus pés na Calçada da Fama do Maracanã, no dia 20. No Rio de Janeiro ele jogou por Flamengo, Flu e vasco.

- Será um dos dias mais importantes para mim. Fiquei sabendo há dois meses, mas a confirmação veio esta semana. Gostar é pouco, né? Fiquei emocionado. É uma honra. Para mim é muito importante, não sei se os outros acham muita coisa, mas para mim... Sem palavras. Não sei do lado de quem vai ficar, só sei que minha marca estará lá para sempre - comemorou.

Pet só ficou sério para comentar a reclamação do Palmeiras sobre o gol anulado de Obina no jogo contra o Fluminense. Para o gringo, os erros de arbitragem acontecem em todos os jogos.

- Quantos erros tiveram contra o Flamengo já? E se o Vágner Love tivesse feito aquele (pênalti) a favor do Palmeiras? E se o Bruno não tivesse defendido dois pênaltis contra o Santos? E o Náutico também foi prejudicado contra o Botafogo... O choro é livre. Só não dá para colocar a culpa em um ou dois pontos. Quantos erros tiveram durante o Campeonato Brasileiro inteiro?

O Programa do Jô com Petkovic e Ronaldo vai ao ar ainda nesta semana. Confira alguns dos trechos da entrevista com o jogador rubro-negro:

Língua portuguesa
"Ainda estou aprendendo. Espero, um dia, falar direitinho."

Rambo
"Quando tinha 14 anos, fui jogar em um time de outra cidade e os colegas não me conheciam. Ninguém falava comigo. Eles perguntavam: “Quem é esse cara da roça?”. Mas, em um jogo, fiz dois gols e ninguém sabia meu nome. Aí, um cara na torcida disse que eu estava parecendo o Rambo, por passar por todo mundo."

Habilidade com a perna esquerda
"Eu estava machucado no Vasco e fui vetado pelos médicos. Mas eu disse que queria jogar porque estávamos em uma situação difícil no campeonato. Eu só não poderia chutar com a direita. Então, quando a bola chegava, eu cortava. Quando dava certo, era o craque. Foi aí que aprendi a chutar com a esquerda também."

Dupla com Adriano
"A gente se dá muito bem, temos uma amizade muito grande. Não tem ensaio. Ele é um craque mundial e sabe se desmarcar muito bem."

Chegada ao Brasil
"Foi destino. Eu nunca imaginei. Recebi o convite do Vitória, mas disse que não era maluco. Os jogadores saíam do Brasil para jogar na Europa e não o contrário. Eles foram insistindo e me convenceram dizendo que, como eu estava em baixa no Real Madrid, voltaria a jogar bem no Vitória e retornaria para a Europa. Eles me disseram que eu jogaria no time campeão. Realmente, era campeão, só que baiano."

"Um diretor chegou à Europa para que eu assinasse o contrato e já estava com o bilhete para viajar no mesmo dia. Eu disse que não iria porque tinha família e precisaria resolver algumas coisas no banco. Ele dizia que eu tinha que viajar logo porque o Papa visitaria o Brasil e que isso pararia o mundo. Foi mentira (risos)."


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