terça-feira, 5 de março de 2013

Consórcio Plaza diz que penhoras sobre o Flamengo continuarão


sede do Flamengo na Gávea (Foto: Fred Huber / Globoesporte.com)
As penhoras do Consórcio Plaza sobre as receitas do Flamengo continuarão. É o que asseguram os advogados do escritório Siqueira Castro, que cuidam do caso pelo consórcio. De acordo com a advogada Daniela Domingues, a decisão da desembargadora Lúcia Maria Miguel da Silva Lima, da 12ª Câmara Cível do TJ-RJ, noticiada na segunda-feira pelo blog Primeira Mão, do GLOBOESPORTE.COM, se resume a uma suspensão das penhoras ainda não executadas por 30 dias para que se possa organizar, por um administrador judicial, o que já foi pago e o que ainda falta pagar.

Pelo cálculo dos advogados do consórcio, a dívida atual gira em torno de R$ 50 milhões, visto que o clube já teve R$ 13 milhões em receitas penhoradas. Domingues explicou que a decisão da desembargadora não interfere nas penhoras já concluídas, apenas nas que ainda não foram cobradas, que ficam suspensas por 30 dias para que seja nomeado um administrador isento para calcular o montante devido. Consultado, o Flamengo confirmou somente que as penhoras estão suspensas.

- A desembargadora mandou nomear o administrador em 2008, quando o Flamengo contestava os valores. Só agora, cinco anos depois, o clube veio reclamar que não houve a nomeação em mais uma manobra para impedir o pagamento da dívida. O que aconteceu foi isso. O Flamengo pediu a suspensão de todas as penhoras, mas a desembargadora só concedeu a suspensão por 30 dias das que ainda não foram executadas. - explicou a advogada Daniela Domingues, do escritório Siqueira Castro, que representa o Consórcio Plaza - explicou a advogada.

Entenda o caso

O problema começou em 1996, quando Kléber Leite era o presidente do Flamengo. O montante se refere a uma dívida, que o clube não reconhece, contraída com um empréstimo de R$ 6 milhões feito junto ao consórcio, que arrendaria a Gávea por 25 anos para a construção de um shopping. O dinheiro foi aplicado, na época, na contratação do atacante Edmundo. Desde o início da ação, em 2002, o Flamengo alega que os R$ 6 milhões foram doados ao clube, e não emprestados. A Justiça deu ganho de causa ao consórcio em primeira e segunda instâncias, mas o Flamengo ainda pode tentar levar o caso para Brasília.  Apenas em janeiro deste ano foram penhorados cerca de R$ 5 milhões, incluindo mordidas nos novos contratos com Adidas e Peugeot.


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