O
diretor jurídico da Confederação Brasileira de Futebol, Carlos Eugênio
Lopes( Carlô, torcedor do Fluminense), garante que não vai jogar a toalha em relação à liminar que
obriga a devolução dos quatro pontos do Flamengo no Brasileirão de 2013.
Carlô, como é conhecido, tentará cassar a liminar assim que a CBF for
notificada, o que ainda não aconteceu.
- Saí do dentista agora,
não tomei conhecimento. A CBF não foi intimada e, como não conhece os
termos, não se manifesta. Mas garanto que a CBF vai seguir os trâmites
legais. Em qualquer decisão, há duplo grau de jurisdição. Essa decisão
não é final - afirmou.
Carlô garantiu ainda que o Brasileirão de
2014 não terá mais do que 20 clubes. E criticou o promotor de Justiça do
Consumidor Roberto Senise, pelo inquérito civil contra a CBF e o STJD.
-
A CBF não cogita fazer campeonato com mais de 20 clubes. Isso é que é
virada de mesa. Jamais passou pela cabeça da CBF - disse Carlô. - Desse
jeito, não acaba mais nenhuma competição. Não só de futebol, mas também
de vôlei, de basquete... A verdade é que os outros esportes não dão
Ibope. Então, talvez não despertem o interesse do doutor Senise. Será
que o doutor Senise vai querer também julgar os casos da Copa do Mundo? -
acrescentou, irônico.
O diretor jurídico informou que vai pedir o afastamento do promotor Roberto Senise do caso:
-
A CBF e sua direção jurídica têm o maior apreço por todo o Ministério
Público do Brasil. Mas, de forma constrangida, vou arguir a suspeição do
autor e pedir o afastamento do caso. E arguir a incompetência
territorial. A CBF é aqui no Rio. Imagina se os promotores do Brasil
inteiro fazem isso. Tem que ser no Rio. A procuradoria dele é de
consumidor. Qual a relação da CBF com o consumdior? Ele vai agora ser
julgador do julgamento?
Carlô criticou também os advogados que estão usando a internet para estimular a enxurrada de ações.
-
Isso aí se chama assédio judicial. É ilícito, imoral, um abuso. A Ordem
dos Advogados de SP já está atuando. Cabe perdas e danos. Um advogado
que faz isso está excedendo seus limites. Quer inviabilizar a defesa.
Quer cercear o amplo defesa de direito. A ideia é pulverizar ações,
sabendo que é impossível oferecer defesa. Isso que estão fazendo é a
falência do sistema desportivo nacional, a falência da justiça
desportiva no Brasil e do sistema judiciário . O sistema judiciário já
está sobrecarregado. Os juízes atolados vão agora cuidar disso?
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