Cuca entrou em contato com o advogado do clube Michel Assef Filho para cuidar do caso. Se precisar dar as três palestras como determinou o Tribunal, o treinador já decidiu que não vai ficar no banco de reservas no domingo contra o Botafogo e cumprir o resto da pena.
- A lei diz claramente que passados 50% da punição, ela pode virar ações sociais. Agora me fazer dar palestra para árbitro é um absurdo. Gostaria de saber se houve outro treinador dando palestra para árbitros. Vou falar o que para os árbitros? Não sei dar palestra - disse Cuca deixando claro que não aceita a decisão.
- Já comuniquei o doutor Michel. Se falar que tenho que dar palestra, prefiro não ir para o banco. Não tenho que falar tática de futebol para árbitro. Isso é errado. Se tiver que ficar fora 30 dias é a minha pena e eu cumpro. Tudo bem. Agora não vem me pedir para dar palestra para árbitro. Eu não vou. Isso também é demais - continuou o treinador.
Treinador chama presidente do Tribunal de mentiroso
Cuca também não poupou críticas ao presidente do Tribunal de Justiça Desportiva do Rio de Janeiro (TJD/RJ), Antônio Vanderler de Lima.
- O doutor Vanderler foi quem prometeu que me daria o efeito suspensivo no dia seguinte. E eu não minto. Mas fui lá e cumpri os 15 dias. Mentiu - disse.
Por causa da declaração, Cuca pode voltar a ter problemas com o Tribunal. O presidente do Flamengo, Marcio Braga, foi suspenso por 1.440 dias por ter criticado o Tribunal. Em março, o dirigente foi julgado em três artigos e pegou pena máxima em todos, totalizando quase quatro anos. O indiciamento no TJD-RJ ocorreu depois que Marcio Braga classificou como "brutalidade" a perda de pontos do vasco no tapetão durante a Taça Guanabara.
Além disso, o treinador corre o risco de ser novamente suspenso pelo Tribunal. Cuca apareceu no vestiário do Flamengo durante a partida contra o Fluminense, o que teoricamente não poderia ter acontecido por estar suspenso. Ele foi denunciado pelo TJD.