Desta vez, a jovem equipe do Paulistano não resistiu. Após dois jogos
apertados e decididos nos detalhes, pela primeira na série melhor de
cinco das quartas de final a enorme vantagem do Flamengo sobre o time
paulista na tabela de classificação foi comprovado dentre de quadra.
Determinado desde o primeiro minuto do confronto a não deixar o rival
respirar e assegurar de uma vez sua passagem às semifinais, a equipe do
técnico José Neto voltou ser regular, aproveitou o apoio ensurdecedor do
seu torcedor e a excelente atuação do ala/pivô Olivinha para fazer 84 a
64 (41 a 34), fechar a série em 3 a 0 e aguardar seu adversário na
próxima fase.
Com 22 pontos e 13 rebotes, o ala-pivô foi o grande nome do Flamengo na
partida. Marquinhos, com 19 pontos, e Caio Torres, com outros 11,
também se destacaram. Pelo lado do Paulistano, os alas Alex, com 19
pontos, e Eddy, com 16, foram os maiores pontuadores.
- Quem achar que nossa vitória por 3 a 0 indica uma série fácil não
sabe nada de basquete. É muito difícil enfrentar uma equipe que joga
como o Paulistano. Sabemos que poderíamos ter perdido os dois primeiros
jogos e queríamos fechar logo hoje para não deixar que eles reagissem.
Felizmente conseguimos, voltamos a ser regulares e contamos com o apoio
sensacional dessa torcida maravilhosa. Mais uma vez eles foram
determinantes hoje - afirmou o técnico José Neto.
Olivinha foi o cestinha e destaque da vitória do Flamengo neste sábado (Foto: Alexandre Vidal / Fla Imagem)
O jogo
As equipes eram as mesmas da última quinta-feira, mas o jogo 3 entre
Flamengo e Paulistano começou completamente diferente. Desta vez, foram
os jogadores do time paulista que entraram em quadra dormindo, e quando
abriram os olhos os donos da casa já estavam vencendo por 8 a 1. A
diferença só não aumentou porque os rubro-negros cometeram três erros
consecutivos no ataque. O castigo veio imediatamente, e da pior maneira
possível. Com cestas, que como num passe de mágica deixaram o placar 8 a
8.
Mas o Flamengo era melhor, e não demorou muito para retomar as rédeas
da partida. Com Olivinha e Marquinhos inspirados, os dois juntos
anotaram 15 pontos no período, a equipe carioca desgarrou no marcador,
abriu sete pontos de frente e levou a vantagem até o final do primeiro
quarto.
Com as mãos quentes, Olivinha começou o segundo período com um
arremesso certeiro de três, ampliando a vantagem para dez pontos. Já com
o quinteto quase todo modificado - apenas o camisa 16 permaneceu em
quadra dos titulares -, o Flamengo manteve o mesmo volume de jogo e,
principalmente, a diferença.
Gustavinho também rodou quase todos seus jogadores, mas o time paulista
não repetia a ótima atuação de quinta-feira e errava demais. O prejuízo
dos visitantes só não foi maior, porque a equipe rubro-negro sentiu o
cansaço, diminuiu o ritmo e foi para o intervalo vencendo por sete
pontos.
A parada favoreceu os donos da casa, principalmente o armador Benite.
Com apenas dois pontos nos primeiros minutos, o camisa 8 rubro-negro
anotou cinco pontos seguidos e ajudou o Flamengo a abrir 14 pontos (55 a
41), sua maior vantagem na partida até então. O Paulistano tentava
ficar vivo no jogo com as bolas de três de Eddy, mas não conseguia
neutralizar o jogo dentro do garrafão rubro-negro, com Olivinha e Caio
Torres. A diferença, que chegou a ser de 22 pontos no período, terminou
em 19 (68 a 49).
Com o jogo nas mãos e o torcedor rubro-negro inflamado nas
arquibancadas, o Flamengo voltou ainda mais solto no último período e
ampliou a diferença para 22 pontos. O Paulistano até diminuiu a
diferença para 14 pontos a pouco mais de três minutos para o fim do
jogo, obrigando o técnico José Neto a pedir tempo. Mas era muito tarde
para reagir. Mesmo sem o mesmo aproveitamento do início do período, os
donos da casa jogaram o suficiente para administrar a vantagem e
assegurar a classificação às semifinais.