Flamengo
nunca perdeu um clássico disputado no Estádio Raulino de Oliveira -
palco do jogo contra o Botafogo, no próximo domingo, pelo Campeonato
Brasileiro. Em Volta Redonda, diante seus rivais cariocas, o Rubro-Negro
acumula cinco vitórias e dois empates. O único duelo com o Glorioso foi
na reta final do Brasileirão de 2005 e o triunfo foi fundamental para o
Fla, que àquela altura brigava contra o rebaixamento.
Com Joel Santana no comando, o Flamengo foi para o intervalo daquele
clássico no prejuízo - perdendo por 1 a 0 e com um a menos por causa da
expulsão do zagueiro Rodrigo Arroz. No segundo tempo, ajudado pela
incompetência do Botafogo, o Rubro-Negro conseguiu a improvável virada
de forma merecida, com gols de Renato Abreu, Diego Souza e Leonardo
Moura.
O último clássico na Cidade do Aço foi contra o vasco: Diego marcou de
pênalti na vitória por 1 a 0, em fevereiro deste ano, pela semifinal da
Taça Guanabara. O outro confronto no local diante do Cruz-Maltino teve o
mesmo resultado (em 2005). O Fla-Flu foi disputado quatro vezes no
Raulino de Oliveira e o Rubro-Negro venceu dois jogos.
Contratado com status de titular do meio de campo do Flamengo, Cuéllar
já ficou perto de deixar a Gávea em mais de uma oportunidade. Com poucas
chances desde a saída de Muricy Ramalho, o colombiano volta a aparecer
em meio a negociação para jogar no Vitória. Zé Ricardo vai escalar Cuéllar
ao lado de Márcio Araújo e William Arão no meio de campo para enfrentar
o forte meio de campo do Botafogo, no clássico deste domingo, às 11h,
em Volta Redonda. Será a segunda partida consecutiva como titular do
colombiano - a primeira sequência desde a saída do ex-treinador, hoje
comentarista do SporTV.
Na coletiva de imprensa antes do clássico deste domingo contra o
Botafogo, Zé Ricardo admitiu a possibilidade de saída de Cuéllar, mas
reafirmou que vai usar o jogador enquanto ele estiver disponível no
elenco. O gerente de futebol do Vitória, Petkovic, ídolo dos dois
rubro-negros (baiano e carioca), quer definir a contratação do
colombiano no início da semana que vem. Mas o Flamengo, claro, não quer
entregar barato o colombiano. Para efeito de comparação, Paulinho e Luiz
Antonio, no ano passado, foram emprestados por R$ 300 mil cada para
Santos e Bahia, respectivamente. O preço por empréstimo de Cuéllar será
mais alto. O Vitória também arcaria com os salários do colombiano que
foi comprado por cerca de R$ 7 milhões ano passado junto ao Deportivo
Cali, da Colômbia.
- Cuéllar vinha em sequência de treino positivo. É um jogador muito
profissional, está trabalhando muito. Não sabia do interesse do Vitória
antes do jogo. A gente queria ganhar passe longo contra o Atlético-PR,
porque sabia que numa inversão poderia pegar dois laterais deles na
frente. Mas ainda não sentamos para falar da situação dele. Tanto
Rodrigo Caetano como Fred Luz estavam viajando, não tínhamos a
informação oficial. Mas enquanto estiver aqui, disponível, vai estar
atuando - disse o treinador.
Cuéllar tem 45 partidas com a camisa do Flamengo. Em 28 jogos foi
titular - no Campeonato Brasileiro, porém, será apenas a sexta vez
saindo jogando. Quatro delas no ano passado e a segunda consecutiva
nesta temporada.
No início do ano, Cuéllar conversou com Zé Ricardo. O técnico pediu
paciência ao atleta e avisou que ele ganharia mais chances durante o ano
de 2017. Com mais estrangeiros chegando no elenco, a diretoria
rubro-negra avaliava a venda do atleta para abrir espaços no orçamento e
recuperar o investimento. Mas nunca chegou oferta que agradasse ao
Flamengo. O Atlético Nacional (COL) e o Boca Juniors fizeram sondagens,
mas os valores assustaram. Por empréstimo, não houve negócio. Os
argentinos, por sinal, acabaram investindo em Sebastián Perez, do
Atlético, e desistiram do colombiano do Flamengo.
O clássico deste domingo parece ser decisivo para a trajetória de
Cuéllar no Flamengo. Apesar da presença na lista de negociáveis, das
poucas chances recentes, o colombiano já teve mais de uma vez campanha
de torcedores em redes sociais contra sua venda.
- Sempre que que o Cuéllar estiver nos planos do Flamengo e for
solicitado para jogar, ele vai jogar. No início do ano o Zé Ricardo
chamou ele para conversar e avisou que teria chances. Houve sondagens,
mas o futuro dele quem vai decidir é o Flamengo - disse Rafael Beys, um
dos empresários do jogador colombiano.
Estádio da Ilha, briga entre torcidas, Willian Arão, troca de farpas entre dirigentes, provocações em redes sociais e até em aeroporto... É com o clima quente dentro e fora dos gramados que Flamengo e Botafogo se enfrentam neste domingo, às 11h (de Brasília), no Raulino de Oliveira, em Volta Redonda (RJ), pela terceira vez na temporada. Nos últimos anos, a rivalidade extrapolou o limite das quatro linhas. A relação entre os clubes vive um dos piores momentos nos mais de 100 anos de história, mas nem sempre foi assim...
Rubro-negros e alvinegros hoje conseguem imaginar seus clubes de mãos dadas? Já aconteceu por exemplo há 60 anos. Na época, Flamengo e Botafogo se uniram, bateram de frente com a Fifa e fizeram um jogo para a história. Em 7 de fevereiro de 1957, um combinado goleou o Budapest Honvéd, da Hungria, por 6 a 2 no Maracanã. Uma verdadeira seleção brasileira, com nomes como Bauer, Nilton Santos, Dida, Didi, Garrincha e Evaristo, "vingou" a Copa do Mundo de 1954 e pôs fim à era mais gloriosa do futebol húngaro. É preciso, no entanto, entender o contexto.
QUEM É O HONVÉD? O Budapest Honvéd é o atual campeão húngaro, mas viveu seus dias de maiores glórias na década de 50. Base da seleção que conquistou em 1952 o ouro olímpico em Helsinque e encantou o mundo na Copa de 1954, o time de Púskas, Kocsis & Cia. foi considerado um dos maiores da Europa neste período, ao lado do Real Madrid.
O QUE TEM A VER COM A INVASÃO SOVIÉTICA? Convidado pelo Flamengo para amistosos no Brasil, o Honvéd desembarcou no Rio de Janeiro cercado por incertezas. Em outubro de 1956, uma revolta popular tentou derrubar o regime comunista na Hungria. A União das Repúblicas Socialistas Soviéticas (URSS) não aprovou, ocupou Budapeste em novembro e prendeu (e enforcou) Imre Nagy, líder liberal da revolta. Os soviéticos exigiram o retorno imediato do time à Hungria. Um dos símbolos de sucesso do regime comunista, a "Máquina Magiar” excursionava pela Europa. Seus principais jogadores, em tese, eram do exército soviético. Kocsis, Púskas e Bozsik eram majores, embora apenas jogassem futebol. Na Suíça, jogadores e dirigentes se recusaram a voltar. No fim, acabou sendo um grande pretexto para os craques húngaros enfim deixarem o país e aceitarem as propostas milionárias que recebiam constantemente do futebol espanhol.
FLAMENGO BANIDO E BRASIL FORA DA COPA? Com contrato assinado com o Flamengo, o time húngaro manteve seu compromisso de amistosos no Brasil. Na Hungria, os soviéticos reagiram mal à atitude e, segundo relatos, fizeram ameaças até aos familiares dos atletas. Pressionaram também a Federação Húngara e a Fifa. A entidade avisou que, se as partidas acontecessem, o Rubro-Negro seria banido do futebol, e a seleção brasileira estaria fora da Copa de 1958. O Flamengo, no entanto, não embarcou nas ameaças e levou o contrato adiante. Foi além, e convidou outros clubes. Apenas o Botafogo aceitou. Após pressão popular, especialmente dos brasileiros que estavam loucos para ver de perto as lendas húngaras, a Fifa reconsiderou, e o Honvéd realizou cinco jogos no Brasil, contra Rubro-Negro e Alvinegro, sem maiores desdobramentos. O último deles, contra o combinado entre os dois.
COMO FOI A UNIÃO FLA-BOTA? Os clubes eram extremamente unidos nessa época? Não exatamente, mas sabiam dialogar. Sete anos antes, por exemplo, Flamengo e Botafogo se envolveram em uma situação semelhante ao caso William Arão, estopim para a atual crise entre os clubes. Em 1950, o Rubro-Negro tirou Joel de General Severiano. O então presidente alvinegro, Carlito Rocha, ameaçou romper relações com o rival. Para apaziguar, o Rubro-Negro aceitou pagar Cr$100 mil. Curiosamente, Joel iniciou como titular da ponta-direita da Seleção na
campanha do título da Copa do Mundo de 1958, mas perdeu a vaga para
Garrincha no terceiro jogo.
Emprestado
para o Gaziantepstor-TUR por um ano e meio, o goleiro Paulo Victor está
voltando ao Flamengo. Sem receber no time turco, ele retorna ao Brasil
na próxima semana e se reapresenta no Ninho do Urubu. Com sondagens do
futebol turco, ele vai discutir com o Rubro-Negro o seu futuro, mas a
tendência é que não permaneça na Gávea.
Procurado pela reportagem, o diretor executivo rubro-negro Rodrigo
Caetano afirmou não ter sido contatado por representantes de Paulo
Victor para tratar do prosseguimento da carreira do atleta.
PV, de 30 anos, foi emprestado gratuitamente no início da temporada, já
que perdera no Flamengo espaço após lesão e o bom momento vivido por
Alex Muralha no Campeonato Brasileiro do ano passado. O Gaziantepspor,
clube no qual teve o ex-rubro-negro Wallace como companheiro, foi
rebaixado à Série B. O zagueiro, aliás, enfrenta a mesma situação e
também voltará ao Grêmio, detentor de seus direitos econômicos.
Ainda não se sabe se Paulo Victor, com 173 partidas pelo Flamengo,
voltará ao clube para disputar posição com Muralha ou se terá de
procurar outro clube para atuar. Ele tem contrato com o Flamengo até 30
de junho de 2019.
Diego
está de volta. Mas Conca ainda não. O mais provável é que o camisa 35
sente no banco contra o Botafogo, mas a espera de mais de 50 dias pelo
retorno acabou. Recuperado de uma cirurgia no joelho direito, o jogador
está relacionado para o clássico deste domingo, às 11h, em Volta
Redonda. Everton também está na lista. Já o argentino ainda vai para
mais uma etapa de preparação e fica fora da partida deste fim de semana.
- A gente tem a situação dos três voltando de lesão (Diego, Éverton e
Conca). Mas, como programado, vamos manter o que a pensamos. Éverton e
Diego disponíveis, Conca, ainda não - disse.
Zé lembrou o longo período parado de Conca, que vai participar de
jogo-treino contra o Mesquita na segunda-feira - nessa quinta, ele
participou do coletivo contra o time sub-17. Mas a ideia é colocá-lo na
ponta dos cascos, com "níveis de força, ritmo de jogo e volume" em dia,
como deixou claro o treinador do Flamengo. O argentino está em processo
de recondicionamento depois de sofrer uma lesão em agosto de 2016,
quando ainda atuava no futebol chinês.
- Há uma programação já estabelescida para ele, de participar de dois
ou três amistosos. Ele precisa atingir níveis de jogo, para readquirir
ritmo, para estar pronto em totais condições de intensidade e volume
para contar com ele no jogo. Fizemos um jogo-treino com a equipe sub-17,
depois vamos pegar o Mesquita, se tudo correr bem vai estar em condição
de disputar a titularidade. Dentro da meritocracia, ele vai cumprir
etapas para voltar - disse o treinador.
O time que deve começar a partida é o mesmo que treinou a maior parte
do tempo na quinta, com Alex Muralha, Pará, Réver, Rafael Vaz, Renê;
Márcio Araújo, William Arão, Cuéllar; Ederson, Everton e Guerrero. Há
oito semanas afastado - o último jogo foi dia 12 de abril, na vitória
por 2 a 1 sobre o Atlético-PR, no Maracanã, pela Libertadores -, Diego
fica como opção.
Confira a íntegra da entrevista coletiva do treinador
Diego, Conca e Everton
Everton
e Diego estão disponíveis, Conca ainda não. Tem programação já
estabelecida para Conca participar de dois ou três amistosos. Precisa
atingir níveis de jogo, para readquirir ritmo, para estar pronto em
totais condições de intensidade e volume para contar com ele no jogo.
Fizemos jogo-treino com equipe sub-17, depois vamos ter o Mesquita na
segunda-feira. Se tudo correr bem vai estar em condição de disputar
titularidade. Dentro da meritocracia que cumprimos vai disputar posição.
Diego titular?
Sabemos
que muito provavelmente ele não vai ter condições de suportar todo o
tempo, não definimos ainda qual vai ser a estratégia de jogo. Vamos faze
o treino apronto de amanhã para definir o que fazer, se ele começa ou
não.
Cuéllar mantido e interesse do Vitória
O
fato da gente ter todos jogadores disponíveis aumenta a cometitivadade
entre eles. Cuéllar vinha em sequência de treino positivo. É um jogador
muito profissional, está trabalhando muito. Não sabia do interesse do
Vitória antes do jogo. A gente queria ganhar passe longo contra o
Atlético-PR, porque sabia que numa inversão poderia pegar dois laterais
deles na frente. Mas ainda não sentamos para falar da situação dele.
Tanto Rodrigo Caetano como Fred Luz estavam viajando, não tínhamos
informação oficial. Mas enquanto estiver aqui, disponível, vai estar
atuando.
Qualidade do Botafogo
Não
preciso nem falar do equilíbrio e da dificuldade desse jogo. Eles têm
jogadores que estão vivendo fase muito boa, como Camilo, Pimpão, Bruno
Silva, o Igor Rabelo, que conheço bem e se firmou. O Gatito passa por
excelente fase. Jogo muito difícil, com contornos particulares, temos
que ser fortes mentalmente.
Ainda a dor da Libertadores
Teríamos
um semestre perfeito se tivéssemos passado de fase na Libertadores.
Ficamos em primeiro lugar na Primeira Liga. O título Carioca
conquistamos com utilização de quase 100% do elenco, classificamos na
Copa do Brasil e na Libertadores, que era o principal objetivo, tivemos
dificuldades e não conseguimos. Futebol tem dados que não conseguimos
explicar. Foram as únicas três derrotas no ano que tivemos. Tivemos um
tempo muito abaixo do que a gente esperava em Buenos Aires. Nas outras
derrotas tivemos possibilidades de vencer a partida, mas quis o destino
que não conseguissemos. A gente tem que esquecer o que passou e tirar os
ensinamentos. Mas se me perguntar se eu esperava desenvolvimento maior
do time neste momento, respondo que sim. Trabalhamos para isso. Estou no
melhor lugar para trabalhar e temos sempre como foco a excelência no
trabalho. Temos que ser cobrados sim, com ética e respeito. Não há
problema nenhum de haver cobrança, mas temos que focar no que temos de
melhorar. É o que interessa daqui para frente.
Declaração de Roger sobre Guerrero
Temos
que respeitar as opiniões. A opinião dos outros não temos que ficar
contestando o tempo todo. Procuro entender dessa forma. Botafogo e
Flamengo têm rivalidade fora de campo, mas dentro há respeito muito
grande. No túnel que leva ao jogo nós da comissão técnica temos respeito
muito grande. O Jair é um cara por quem torço pela carreira dele. Somos
jovens que precisamos nos fortalecer a cada dia. Tem auxiliar nota 10,
vários profissionais de alto gabarito. Algumas rivalidades de fora do
campo não temos como controlar. Mas vamos nos respeitar muito.
Notícia sobre as contratações
O
Rodrigo chegou ontem às 15h, mas não conseguimos conversar. Hoje ele
chegou com o treino em andamento, tinha outros compromissos para
resolver. Agora que vou ter papo com ele, saber oficialmente de que
forma estão a busca pelas contratações. Sei aquilo que está alinhado ou
não, mas oficialmente ele não comentou ainda nada. Só comentamos quando
for oficial.
Posse de bola x efetividade
Quando
se chega num certo nível o desafio é aumentar a qualidade. Estamos
buscando estratégias para isso. Temos boa posse de bola, um ataque
equilibrado pelos dois lados e pelo meio, mas proporcionalmente à nossa
posse de bola poderíamos ter mais ataques, mais finalizações. Estamos
buscando certa versatilidade da nossa equipe, é o caminho que queremos,
vamos aumentar a pressão para cobrar que cada um faça sua função. Nossa
defesa vai sofrer menos. Depois que passa o momento conturbado, temos
tudo para acelerar de novo.
Vinicius Junior no bancoLogicamente
que não está pronto para começar o jogo. É um menino de 16 anos, mas o
que nos deixa mais feliz é que a cada treino está mais à vontade. Tem
etapas que precisa cumprir. Ele fala mais com os companheiros, pede a
bola, é cobrado. Isso é legal. Tem Guerrero, Damião por perto, jogadores
experientes. É uma grande promessa do futebol. Tudo isso que ele está
passando vai fazê-lo crescer, ganhar casca, ficar cada vez mais forte.
Está mostrando aos poucos que pode começar jogando, mas vai depender de
estratégia, de oportunidade, dos treinos, do que corresponder nos jogos
com e sem a bola, porque ele também tem funções defensivas. Os
indicadores que ele passa são de que está começando a chegar a hora dele
começar uma partida. Mas não há como precisar a data.
Renê segue
Exigimos
mais do Trauco nesse momento com Diego fora. Ele parou um tempo para se
preparar, estava cumprindo funções que não desenvolvia há muito tempo.
Isso cria um desgaste a mais, mas, intencionalmente, tiramos ele um
pouco, para fazer recuperação e força. Provavelmente vai estar em
condições de jogo breve breve. O Renê está relacionado, não vou falar se
é titular (risos). É um jogador que chegou bem, com muita força, tem na
marcação estatística muito boa.
Arena
do Flamengo": este será o nome da nova casa que o Rubro-Negro preparou
na Ilha do Governador para ser uma alternativa ao Maracanã para sediar
seus jogos pelos próximos três anos pelo menos. O clube carioca arrendou
por três anos o estádio Luso-Brasileiro, da Portuguesa, reformou o
local e construiu estruturas temporárias para poder utilizá-lo. Em
cerimônia de apresentação, realizada nesta sexta-feira, o presidente do
Fla, Eduardo Bandeira de Mello, confirmou que a partida de estreia será
no dia 14 de junho, contra a Ponte Preta, pelo Campeonato Brasileiro. O
estádio tem capacidade para 20.215 pessoas.
O prefeito do Rio de Janeiro, Marcelo Crivella, e a subsecretária de
Esportes e Lazer da cidade, Patrícia Amorim, ex-presidente do Fla,
estiveram presentes no local e foram recepcionados pelo atual mandatário
rubro-negro. Bandeira ressaltou que a arena não é uma solução
definitiva para o clube, mas destacou o projeto:
- É com um prazer enorme que recebemos hoje o nosso prefeito Marcelo
Crivella, que tem sido parceiro em vários empreendimentos, várias brigas
do Flamengo. Estamos entregando um novo equipamento esportivo para a
cidade. É claro que não é solução definitiva do estádio do Flamengo,
pretendemos ter o estádio, o que já foi aprovado pelo prefeito, mas a
torcida do Fla e os cariocas vão gostar - disse Bandeira de Mello.
Ao tomar a palavra, Crivella exaltou o "incansável" Bandeira de Mello,
classificou Patrícia Amorim como "eterna presidente do clube" e lembrou
do projeto do Estádio Acústico da Gávea, do qual o próprio assinou
protocolo de intenções para a construção no mês passado, e disse que o
Flamengo "tem tudo" para administrar o Maracanã.
- Quero agradecer a Deus, saudar o incansável Bandeira de Mello, que já
está se preparando para construir o estádio acústico da Gávea. Sobre
Maracanã, o Fla tem tudo para ser o administrador. Mas o Pezão precisará
fazer nova licitação, por imposições do TCE e do MP. Mas com certeza
saberá conduzir isso - disse o prefeito do Rio.
Após não conseguir a liberação a tempo do clássico contra o Botafogo
neste domingo, o Fla estreará a Arena no próximo dia 14 de junho, contra
a Ponte Preta, pelo Campeonato Brasileiro. A inauguração do estádio
será feita cerca de três meses depois da previsão inicial. Imprevistos
nas obras e burocracia atrasaram a finalização da arena, que terá
capacidade para 20 mil pessoas. Bandeira admitiu que a necessidade de um
reparo em uma tubulação de águas pluviais foi o motivo do atraso na
entrega da Arena:
- O Fla é um clube que cumpre seus compromissos e segue as regras.
Efetivamente tínhamos intenção de inaugurar antes, tivemos um problema
de águas pluviais que passam embaixo da arquibancada que não tínhamos
conhecimento e isso nos forçou a fazer um desvio, o que causou um atraso
de três meses. O Flamengo preferiu atrasar a inauguração a correr
qualquer risco de fazer algo que não fosse perfeito para a integridade
física e saúde da nossa torcida. É um atraso mais do que justificado.
Com relação às licenças, o Fla seguiu as regras, queríamos fazer a
partida do Atlético-GO, estava tudo certo contra o Botafogo, mas tivemos
uma surpresa desagradável - disse.
Ao final, o alvinegro Crivella brincou sobre o fato da Arena do
Flamengo não poder ser inaugurada contra o Botafogo, seu time do
coração, e colocou a culpa do atraso na CBF:
- O problema é que o jogo de domingo é contra o meu time. As pessoas
vão querer colocar a culpa em mim de o Fla não jogar aqui. Mas o
problema foi com a CBF - disse Crivella.
Confira as principais declarações de Bandeira de Mello:
Risco para a torcida? Mas
temos a consciência tranquila de que hoje não existe nenhum risco para a
torcida. O canal foi desviado, foi tudo concretado. Isso causou um
atraso significativo. A nossa expectativa era inaugurar um pouco antes,
mas não foi possível. Mas hoje estamos testemunhando que o Flamengo
poderia jogar hoje aqui ainda
E o Maracanã? Situação
é de indefinição do Maracanã, que todos entendemos que já poderia ter
sido resolvida, mas estamos aguardando. A Arena é um estádio
confortável, com segurança, Temos um gramado maravilhosos, o melhor do
Brasil, e vocês vão comprovar isso porque faremos um tour.
Alternativa ao Maraca A
nossa intenção sempre foi intercalar os jogos aqui e no Maracanã de
acordo com o público esperado. Mas há uma indefinição em relação ao
Maracanã, temos de negociar jogo a jogo. Toda vez tem de perguntar
quanto vão cobrar e a gente decide. No caso desse jogo contra o Bota era
inviável. Contra o Atlético-GO colocamos 30 mil pessoas e tivemos
prejuízo de mais de R$ 300 mil.
Clássicos no Maraca ou na Ilha? O
ideal para clássicos seria jogar no Maracanã. Mas dependendo das
condições, se ficar impossível, jogaremos aqui. Fomos impedidos de levar
para outros estádios, poderia ser Brasília, isso nos foi negado esse
ano. Se não for possível Maracanã, vamos jogar aqui mesmo
Todos os jogos na Ilha? Tenho
certeza que a torcida vai compreender se fizermos quase a totalidade
dos jogos aqui na Ilha se o Maracanã não for possível.
Burocracia impediu Fla x Bota na Ilha Todos
os laudos exigidos do Fla foram conseguidos de maneira correta e alguns
atrasaram mais do que a gente pensava. A CBF entendeu que os laudos
deveriam ter chegado até as 19h, nesse caso não foi possível entregar, o
que fizemos na quarta pela manhã. O estádio está liberado, mas não
pudemos jogar contra o Botafogo aqui. Paciência.
Estádio, Arena ou Alçapão? É
um estádio com uma história importante aqui no Rio de Janeiro. Foi aqui
que vi o primeiro gol do Doval com a camisa do Flamengo. Não sei se dá
para chamar de arena, mas tem requisito de modernidade que boa parte das
arenas têm, mas se a torcida quiser chamar de alçapão... É estádio,
arena e alçapão.
Trasporte e acesso Estamos
trabalhando em parceria com a Prefeitura, estão sendo estudadas
alternativas para facilitar o acesso. Fazer hubs de estacionamento,
fazer transporte por vans ou ônibus. Prefeitura está cuidando do
trânsito. Já existe uma experiência prévia, em 2005, o Fla jogou várias
vezes aqui e não tivemos problemas significativos. Esse equipamento vem
para valorizar
Sócio-torcedor Estamos
sempre incrementando o programa. Não é uma solução definitiva para o
Fla, queríamos ter um estádio do tamanho do Maracanã para oferecer ao
torcedor. Mas como a torcida esteve do nosso lado em brigas e situações
difíceis, não nos faltará nesse caso.
Empresários do atacante Felipe Vizeu foram ao Ninho hoje para tentar a liberação do garoto para a Ponte. Flamengo disse não.
Agente vem ao Rio e encaminha renovação de Réver até dezembro de 2019
Falta muito pouco. Após reunião nesta sexta-feira entre Flamengo e o
empresário de Réver, Fábio Mello, a renovação do capitão rubro-negro
ficou praticamente sacramentada. Até o início da semana que vem a
extensão do vínculo por mais dois anos e meio - que será válido até
dezembro de 2019 - deve ser comunicada oficialmente pelo Flamengo.
Everton Ribeiro acerta detalhes de rescisão para defender o Flamengo
Diretor de futebol Rodrigo Caetano retorna ao Rio. Negociação por
Rhodolfo também está em fase final. Atacante Geuvânio é outro nome na
lista do Mengão