O Flamengo encomendou 600 kits de testes de coronavírus para fazer exames em jogadores e em todo o departamento de futebol antes do retorno das férias. Os equipamentos são coreanos e foram importados junto a um dos laboratórios brasileiros credenciados pela Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária). A previsão de chegada dos testes é de antes do retorno aos treinos, o que deve acontecer no fim de abril - as férias estão previstas para terminar dia 21 de abril.
Cada equipamento custa cerca de R$ 150 - o que gerou investimento do clube da ordem de R$ 100 mil. O Flamengo quer dar toda segurança para os atletas retornarem às suas atividades assim que as autoridades sanitárias estaduais permitirem. A ideia é também realizar testes em familiares de atletas.
Os testes são diferentes dos realizados à época da suspeita de contaminação do treinador Jorge Jesus, que ainda está em Portugal. Na ocasião, os jogadores e demais membros do departamento de futebol fizeram testes numa rede de laboratórios carioca. Apenas com o resultado positivo e negativo.
Desta vez, os kits, que são descartáveis - ou seja, faz uma vez e não usa novamente o aparelho -, vão dar mais detalhes da saúde de cada organismo testado, não apenas o resultado de positivo ou negativo para a Covid-19. O clube também vai usar um aparelho que tem dentro do centro de treinamento do Ninho do Urubu para cruzar as informações de cada teste.
O chefe do departamento médico do Flamengo, Márcio Tannure, faz parte do grupo de trabalho criado pela CBF para escrever guia para os clubes brasileiros retomarem suas atividades - ainda sem previsão de data. Estão também os médicos do Avaí, da Ponte Preta e da seleção brasileira masculina principal e do Atlético-MG, Rodrigo Lasmar, além de Jorge Pagura, presidente da Comissão Nacional de Médicos. O infectologista do Hospital Albert Einstein, Sergio Wey, auxilia o grupo de trabalho.