quarta-feira, 23 de fevereiro de 2011

Brasília vence e rouba a liderança do Flamengo



A escrita que um dia foi incômoda para o Brasília passou a ter o mesmo efeito para o maior rival. O Flamengo vem tentando, mas não consegue mudá-la. Outra vez ficaram frente a frente e o vencedor foi o mesmo. Nesta quarta-feira, no ginásio Nilson Nelson, a equipe de Guilherme Giovannoni comemorou uma vitória: 85 a 71 (37 a 41). Foi assim na final do NBB passado, foi assim na decisão da Liga Sul-Americana. Além de amargar um novo revés, o Rubro-Negro também viu o adversário lhe roubar a condição de líder do campeonato no confronto adiado e válido pela 13ª rodada do primeiro turno.

Basquete Nezinho Bábby Uniceub x Flamengo (Foto: Divulgação)
O armador Nezinho foi marcado de perto por Hélio e Bábby durante a partida (Foto: Divulgação)

- Foi uma vitória importe, com uma reação de quem quer ser campeão novamente. Não fizemos um primeiro tempo muito bom e voltamos bem mais concentrados para o segundo. O Alírio também entrou bem e nos ajudou a desafogar um pouco - elogiou Alex, que marcou 21 pontos.

A mão calibrada da linha dos três fez acender a luz amarela para o Flamengo. Guilherme Giovannoni não tinha na marcação um obstáculo e puxava o ritmo de sua equipe. O controle do jogo só mudou de lado depois do puxão de orelhas do técnico Gonzalo Garcia no pedido de tempo. Era preciso rodar mais a bola no ataque e defender melhor. Dito e feito. Os espaços no garrafão ficaram menores o Brasília começou a se precipitar. Teichmann e Bábby se apresentaram e ajudaram o Rubro-Negro, que marcou seis pontos seguidos, a fechar o primeiro quarto na frente: 24 a 17.

Diferença que não demorou muito tempo para chegar aos 10 pontos (39 a 29). O time da casa tinha dificuldades para se encontrar. Os erros ofensivos aconteciam com mais frequência do que o habitual. A velocidade dava lugar à lentidão, Alex, o coração da equipe, seguia sumido e o Flamengo agradecia. No único lampejo no segundo período, bem no finalzinho, o atual campeão do NBB conseguiu se aproximar no marcador e equilibrar novamente as ações: 41 a 37.

Aquele Brasília apático ficou no vestiário. O que veio para a quadra fazia um bom trabalho defensivo, estava bem nas antecipações e contava com Arthur. Com ele, o time chegou à virada (49 a 47). Mas era pouco. O time queria passar a pressão para o adversário e se impor. Conseguiu. Abriu 58 a 52 e ganhou ainda mais fôlego no último minuto do terceiro quarto. Recuperado de uma lesão, Jefferson deixou o banco de reservas mas teve pouca chance de dar sua contribuição para o Flamengo. Restando 39s, uma falta de Bábby em Alex fez o clima esquentar. O ala-armador não gostou, se exaltou, fez Marcelinho reclamar com a arbitragem e tomar uma falta técnica: 63 a 57.

Dali em diante, os anfitriões não olharam mais para trás. O jogo fluiu com tranquilidade, diante de um Flamengo que falhava mais do que devia. Enquanto isso, tudo dava certo do outro lado. Alírio entrou bem na partida e até mesmo um ataque que parecia perdido acabou em cesta. Nezinho foi ao chão, manteve a bola viva, e encontrou Alex que deu um passe perfeito para Arthur. Já eram 18 pontos de vantagem, o Flamengo já estava abatido e mais vitória no bolso.

- Acho que nós tivemos um bom momento no primeiro tempo, mas acabamos nos desligando um pouco e eles se aproveitaram disso. Não tivemos a mesma consistência no ataque e não soubemos minar a defesa deles. O melhor momento deles no jogo foi o nosso pior - lamentou Marcelinho, cestinha do confronto com 26 pontos, que reclamou também da arbitragem.



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