sexta-feira, 27 de fevereiro de 2015

Pará revela emoção com o primeiro gol pelo time do coração

Pará declarou-se rubro-negro de coração quando apresentado como reforço para a lateral direita do Flamengo. E, na quarta-feira, nos 2 a 1 sobre o Brasil de Pelotas, viveu a inédita experiência de fazer um gol com a camisa que veste desde pequeno. Correu como um autêntico 2, mas não para cobrir um contra-ataque ou em uma disparada pelo flanco. Foi em direção aos flamenguistas presentes ao Estádio Bento Freitas, posicionados à esquerda do goleiro Paulo Victor. A explosão de alegria foi acompanhada pela lembrança do tempo em que deixou a pequena São João do Araguaia, cuja população é formada por aproximadamente 13 mil habitantes e localizada a 724 km de Belém.




- Para mim, foi importante. O primeiro gol a gente nunca vai esquecer. Fiquei muito feliz e até me emocionei um pouco quando saí correndo para o lado da torcida, mas faz parte. Na hora ali a gente pensa em muitas coisas, como no momento em que passei muita dificuldade quando saí da minha cidade para São Paulo. Então vem um filme na cabeça, mas já passou. Agora é focar no Campeonato Carioca e, se Deus quiser, assumir a liderança depois do clássico com o Botafogo - afirmou Marcos Rogério Ricci, o Pará, hoje com 29 anos e que deixou sua cidade rumo a Santo André aos 13.

Depois de uma noite feliz, apesar de ter cometido a falta que resultou no gol rival, Pará vive a expectativa do reencontro com a torcida do Flamengo após as vaias do jogo contra o Madureira. Ele não mostrou qualquer preocupação com eventuais novos apupos, afirmando que os do jogo do domingo passado soaram como um clamor por Léo Moura. Ainda mostrou personalidade ao garantir que atuou bem diante do Tricolor Suburbano.

Pará, desembarque Flamengo (Foto: Fred Gomes) - Aquelas vaias eu levei para um lado que não foi para mim. A torcida queria ver o Léo, que é um ídolo e está se despedindo, indo embora. Ele tem mais de 500 jogos, 10 anos de clube. Eu não estava comprometendo, vinha jogando bem. No clássico diante do Botafogo espero que a torcida possa nos apoiar - prosseguiu.

Se Pará não poupa elogios a Léo, a recíproca é verdadeira. A dois jogos do adeus - contra Botafogo (domingo) e Nacional-URU (amistoso de despedida) -, o camisa 2 aposta num bom papel do novo dono da posição.

- Pará já passou por time grande. É lógico que ainda está se adaptando, mas tem totais condições de chegar aqui, jogar seu futebol e ter sucesso - concluiu Léo Moura.

O Flamengo volta a campo neste domingo, dia em que o Rio de Janeiro completa 450 anos. O adversário é o Botafogo, e a bola rola às 16h. O Rubro-Negro, aliás, estreará sua nova camisa cujo detalhe em azul homenageia a bandeira do município.

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