Atual campeão mundial dos 50m borboleta em piscina curta, Nicholas 
Santos demonstra incômodo com a demora do Flamengo em definir sua 
situação no clube. O nadador está em Ribeirão Preto, sua cidade natal, 
onde aguarda um posicionamento do Rubro-Negro. Seu contrato termina no 
dia 31 de dezembro de 2012 e ele ainda não foi procurado pelos 
dirigentes.
 - Tenho vontade em permanecer no Flamengo, mas dependo deles. Não 
queria mudar, só que acho chato. Depois de um evento tão bacana desses, 
ser campeão mundial, e não ter retorno é ruim. 
Aconteceu com o Thiago 
Pereira, que foi medalha de prata na Olimpíada e acabou dispensado do 
Corinthians. Mas essa é a visão do nosso dirigente - comentou Nicholas, 
em visita aos estúdios da EPTV, afiliada da Rede Globo em Ribeirão 
Preto.
 A indefinição no Fla acontece devido à mudança de gestão no clube. 
Vencedor das eleições do clube, Eduardo Bandeira de Mello vai assumir a 
presidência no lugar de Patrícia Amorim.
 - Está na mão da chapa azul (nome dado ao grupo de Bandeira de Mello), 
não tenho posicionamento. Já deveriam ter entrado em contato, deveriam 
me falar se vão renovar ou não, e até agora nada. Existem outros clubes 
que eu poderia representar. Tenho que dar andamento ao meu projeto, que é
 disputar o Mundial do ano que vem em Barcelona.
 De olho em mais medalhas e nos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro, em 
2016, Nicholas descarta voltar a treinar no exterior, e acredita ser 
importante permanecer no Brasil para ajudar no desenvolvimento do 
esporte.
 - Falta mais atenção (dos dirigentes), ainda mais com os próximos 
eventos que vão acontecer no Brasil. Acho que com esses grandes 
acontecimentos aqui, os investimentos deveriam aumentar. Não penso em 
voltar ao exterior porque montamos aqui nossa estrutura, pagamos do 
próprio bolso, então não tem mais necessidade de treinar fora. Pretendo 
ficar por aqui, até em Ribeirão, quem sabe, em janeiro quero ter essa 
posição.
 Terra natal
 Formado em Ribeirão Preto, o atleta acredita que a cidade necessita de 
uma melhor estrutura para voltar a competir forte no cenário nacional.
 - Ribeirão é uma cidade formadora, mas assim que o atleta começa a dar 
mais resultado, ele acaba saindo da cidade porque a estrutura não 
comporta mais, chega hora que não dá pra ficar sem receber, competir por
 amor, tem que investir na carreira. Falta investimento no pessoal, mas 
principalmente, na estrutura de treinamento. É uma questão de gestão, da
 secretaria de esportes, e se é interessante para a cidade - concluiu 
Nicholas Santos.


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