domingo, 27 de janeiro de 2013

Campeão de tijolinhos do Flamengo, BAP quer nova diretriz no marketing do clube





Alguns dos 80 tijolinhos de BAPO maior entusiasta da campanha dos tijolinhos, lançado em 2010 por Patrícia Amorim, quem diria, tornou-se um ferrenho opositor à ex-presidente. Com 80 tijolos adquiridos, Luiz Eduardo Baptista, o BAP, é vice de marketing do Flamengo e campeão absoluto do muro da reforma no CT do Ninho do Urubu.

- Comprei 80. Mas por enquanto só tem 40 colocados. Minha mulher nem sabe. Vai me matar! - brincou ele, que gastou R$ 20 mil somente em tijolinhos.

Presidente da Sky, que tem a top model Gisele Bundchen como garota-propaganda, o dirigente elogia a ideia dos tijolinhos até certo ponto.

- A iniciativa era ótima, mas no marketing, como tudo na vida, é preciso constância. Tem que trabalhar um dia sim, outro também num projeto para ele dar certo - disse BAP.

As obras no Ninho estão previstas para retornar em fevereiro. Mas ainda depende de liberação de verbas da penhora. Problema?

- Nas nossas empresas a gente sempre fez tudo corretamente. Por isso não nos assustamos. Se você sempre fechou a tampa da pasta de dente, é só continuar fazendo isso normalmente. O duro é ter que mudar sua rotina - comparou BAP.

Prioridade: questão tributária

Luiz Eduardo Baptista, o Bap, entre Delair Dumbrosck (esquerda) e Eduardo Bandeira de Mello (direita)Com dívidas superiores a R$ 75 milhões com a União, o Flamengo já teve mais de 10 reuniões com órgão governamentais para começar a resolver as penhoras do clube. Segundo o vice-presidente jurídico Flávio Willeman, 90% das dívidas serão realongadas e o restante o clube vai pagar o quanto antes. Até o caso Ronaldinho, que cobra na Justiça mais de R$ 50 milhões, vai ficar em segundo plano neste momento.

- O processo do Ronaldinho é muito importante, até pelo alto valor. Mas nossa prioridade agora é a questão tributária. Mas vamos analisar, estudar e reavaliar com calma todos processos - afirmou Willeman.

Neste início de ano, o clube já conseguiu regularizar as certidões negativas junto ao Estado. Para fevereiro, um novo Refis deve favorecer o ajuste com os clubes. Ainda vai faltar as maiores dívidas, com o governo.

Luiz Eduardo Baptista, o Bap, entre Delair Dumbrosck (esquerda) e Eduardo Bandeira de Mello (direita) Foto: Raphael Zarko

BAP enxerga nesse processo de reestruturação um princípio fundamental para a nova gestão caminhar e manter o discurso de credibilidade que pregou na campanha para chegar à presidência do clube.

- O Flamengo não tem dificuldade para conseguir receitas. Se pedirmos R$ 100 milhões, a gente consegue. Mas você empresta R$ 1 para quem você não acredita? - questionou o BAP, o homem dos tijolinhos.


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