O ano de 2011 se desenhava como o da afirmação de Diego Maurício entre
os profissionais do Flamengo. Um dos poucos que se salvaram na campanha
desastrosa do Brasileirão passado, o atacante começou a temporada em
alta com Vanderlei Luxemburgo e com a torcida. Dez meses depois,
entretanto, altos e baixos marcaram sua trajetória, além de atrasos a
treinamentos que o fizeram perder espaço. Na reta final do campeonato, o
jovem de 20 anos fez uma análise dos erros e acertos durante o ano, e
tira uma conclusão: o saldo é positivo.
Diego Maurício não emplacou como a torcida esperava neste ano
As estatísticas apontam uma queda de rendimento em relação ao ano
passado. Nesta temporada, foram apenas três gols em 28 jogos (cinco
como titular). Em 2010, o atacante fez cinco gols em 16 partidas,13
delas como titular. Para o atacante, a temporada serviu para
amadurecimento.
- É coisa da idade. Se não passar por isso, não vou ter aprendizado
nunca. Jogadores experientes também vivem altos e baixos. É algo
natural. As coisas não aconteceram da maneira que eu queria, mas tenho
que seguir passo a passo. Esse ano eu já não era mais surpresa como no
ano passado, a marcação ficou mais pegada. Serviu para amadurecimento,
para o meu bem.
Os vacilos “da idade” apontados por Diego Maurício são principalmente
os sete atrasos a treinamentos em 2011. Além disso, ele foi pego em
blitz dirigindo sem carteira de habilitação em duas oportunidades. Os
episódios causaram puxões de orelha de Vanderlei Luxemburgo, que deixou
de relacioná-lo em alguns jogos. Punições compreendidas, garantiu o
atacante, que não se cansou de elogiar o comandante.
- Se o treinador não pegar no meu pé, está tudo errado. Ele pega no pé
por saber que eu tenho potencial. O Vanderlei me trata como um filho,
talvez por isso é mais rigoroso, fica mais em cima. É um cara que
dispensa comentários. Sou feliz demais por ter a oportunidade de
trabalhar com ele e outros dois nomes do futebol: Zico e Ronaldinho. Sou
um felizardo por ter convivido com esse trio.
O desempenho em campo ao longo do ano também foi abaixo do esperado,
tanto que o jovem ficou fora da Seleção Sub-20 campeã do mundo, na
Colômbia, após ter boa participação no Sul-Americano. Pelo Flamengo, as
atuações também oscilaram bastante. A última impressão, por sua vez, foi
boa, diante do Santos, o que renovou a confiança do “Drogbinha”
rubro-negro.
- Sei que tenho que estar sempre preparado. Não fiz uma boa partida
contra o Fluminense, mas a oportunidade ia pintar e eu tinha que ter
confiança. Foi assim contra o Santos. O Luxemburgo me passou
tranquilidade e pude ajudar, mesmo sem termos vencido.
Diego Mauricio na Seleção Sub-20: corte no Mundial
foi o momento mais delicado do ano (Foto: Mowa)
Esperança na Sul-Americana, confiança no Brasileirão
A boa participação no segundo tempo contra o Peixe deve render a Diego
Maurício a escalação como titular nesta quarta-feira, às 21h50m (de
Brasília), contra a Universidad de Chile, pelas oitavas de final da Copa
Sul-Americana. A missão, no entanto, é bem complicada: tirar uma
desvantagem de quatro gols da partida de ida, em casa. Complicada, mas
não descartada pelo atacante.
- Não vamos mentir para o torcedor: É difícil demais! Mas nada é
impossível. Somos profissionais e não vamos entregar os pontos.
Mais palpável é a possibilidade de conquista do Brasileirão. Com 52
pontos, cinco a menos que o líder, o Flamengo é o quarto colocado
faltando sete partidas para o final. Diego Maurício já sonha com uma
decisão histórica, contra o maior rival, na última rodada, dia 4 de
dezembro.
- Claro que dá para acreditar. Ano passado foi um desastre, brigamos
para não cair, e agora brigamos pelo título. Isso é muito importante.
Temos um confronto direto com o Vasco, que é o líder, e esperamos que
seja mais uma final.
Pelo Brasileirão, o próximo confronto do Flamengo é com o Grêmio, domingo, às 16h (de Brasília), no Olímpico, pela 32ª rodada.
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