O vice-presidente de futebol do Flamengo, Vinícius França, justificou a permanência de Silas no comando afirmando que ele pediu desculpas ao elenco e tudo se resolveu. Mas para o restante da diretoria rubro-negra a manutenção do treinador deveria ser feita também por outra análise: os resultados.O treinador venceu apenas um dos nove jogos que disputou. Desde que assumiu, o time caiu da décima para a 15ª posição e atualmente está na lista dos que lutam para evitar o rebaixamento. Muito pouco para uma das maiores folhas salariais do Brasil.
A pressão interna é enorme e até a noite de quarta a troca no comando era considerada "certa". A decisão de Zico surpreendeu e por enquanto será aceita. Mas haverá cobrança, principalmente se o time não vencer o clássico de sábado, contra o Botafogo. O vice geral Hélio Ferraz usou a poesia de Manuel Bandeira e de Dante Alighieri para explicar o momento do Flamengo.
- Eu quero ir para Passárgada. Lá sou amigo do rei, tenho a mulher que quero, na cama que escolherei. Conversei com o Vinícius França e disse que não quero acabar no Inferno de Dante.Cobraremos resultados. O plano de voo é deles, mas o meu destino eu já escolhi - disse o dirigente.
Na conversa com os jogadores nesta manhã, no Ninho do Urubu, Silas se desculpou pelas palavras que atingiram o zagueiro Jean. Após o empate por 1 a 1 com o Goiás, o treinador se defendeu das vaias dizendo que não "faz gol contra" e "nem chuta a gol". Silas chegou a dizer ao grupo que houve maldade da imprensa na divulgação de uma entrevista informal.
Entretanto, a história não procede. Silas deu a declaração na penúltima pergunta de sua entrevista coletiva na sala de aquecimento do Serra Dourada. Havia três jornalistas - dois do Rio e um de Goiânia - e o assessor de imprensa do Flamengo acompanhando a resposta.
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