sexta-feira, 1 de outubro de 2010

Márcio Braga: Leonardo Ribeiro trabalha com Patrícia na Câmara

Com a saída de Zico do comando do futebol do Flamengo, Patrícia Amorim perdeu o grande trunfo de sua gestão. Sem o ídolo, a tendência é que aumentem as críticas à presidente.

Márcio Braga, que exerceu quatro mandatos no clube, é um dos que já se manifestam contra o atual comando. O ex-presidente diz que Patrícia errou no modelo do departamento de futebol do clube e acusa: segundo ele, Leonardo Ribeiro, o Capitão Léo, principal responsável pela saída de Zico, é aliado político da presidente mesmo fora do clube, em sua terceira vez como vereadora.

- Que eu saiba, o Capitão Léo é funcionário do gabinete dela na Câmara Municipal. Todo mundo sabe que ele inclusive é cabo eleitoral da Patrícia em eleições. E agora foi ele quem causou isso tudo - disse Braga, que, assim como Zico, também é desafeto do atual presidente do Conselho Fiscal do clube.

- Não existe esse tipo de conflito - negou Leonardo Ribeiro, em entrevista coletiva nesta sexta.

Capitão Léo já exercia a função de presidente do Conselho Fiscal em parte da última gestão de Márcio Braga. Naquele período, em uma reunião de prestação de contas, Capitão Léo levantou-se e chamou o então presidente de mentiroso. Márcio Braga diz que a atual crise foi criada já de olho na próxima eleição do clube.

- A gestão da Patrícia só termina em 2012 e ele já está em campanha. Transformou o Conselho Fiscal em trampolim eleitoral. Quem sabe ele não assume agora a vice-presidência de futebol? - indagou.

Márcio diz que Zico agiu certo ao deixar o clube.

- A saída dele é um desastre, mas não havia autonomia. A Patrícia desmontou toda a estrutura que havia no futebol e deixou tudo com ele. Era um peso muito grande.

Na gestão de Márcio Braga, no entanto, o ex-jogador Júnior deixou o cargo de dirigente remunerado do futebol reclamando justamente de falta de autonomia. O Capacete excerceu a função em 2004.

- Mas o problema naquela época era maior. O projeto era bem definido, mas estávamos em um estado de quase falência, entre outras coisas por conta do bloqueio das cotas da Petrobras. Não tínhamos nem como emitir cheques - defende-se.


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