O último triunfo do Guarani sobre um time carioca nesta edição do Brasileirão foi ofuscado por uma cena lamentável. Uma briga entre as torcidas organizadas do vasco e do Bugre tumultuou o confronto da 25ª rodada, no portão principal do Estádio Brinco de Ouro, em Campinas, neste sábado.
Segundo informações da polícia da cidade, um ônibus e vans de torcedores cruzamaltinos foram apedrejados e incendiados. Ainda não se sabe se os responsáveis, mas os oficiais trabalham com duas possibilidades: segundo relato de um dos motoristas, foram torcedores do Bugre que iniciaram a briga; a PM acredita, porém, que a torcida organizada do São Paulo, que tem uma sub-sede em Campinas, pode ter tentado revidar as rivalidades ocorridas no passado, contra o bacalhau maldito.
Houve ainda relato de roubo em um dos ônibus dos visitantes. Segundo a polícia, no fim do jogo, cerca de 15 integrantes da torcida organizada bugrina - um deles armado - teriam invadido um ônibus do vasco, quebrado vidros e levado GPS, aparelho de DVD, máquinas fotográficas e R$ 1,3 mil em dinheiro.
Os cruzmaltinos acusaram a PM de não ter feito a escolta da entrada da cidade até o estádio, o que teria contribuído para a briga e toda a confusão. Após o confronto, três torcedores deram entrada no Hospital Mário Gatti com ferimentos leves e foram dispensados no próprio sábado.
A informação inicial é de que foram 43 torcedores vascaínos detidos no 1º Distrito Policial da cidade, mas, no fim da noite o número foi corrigido para 41. Desse total, dois são menores de idade. Todos foram liberados depois de assinarem um termo circunstanciado, ou seja, irão responder pelo inquérito mesmo longe de Campinas. A polícia deve chamá-los para depor por carta precatória e eles podem até serem presos novamente.
- A gente esta só esperando o relatório oficial final da polícia para tomar uma posição sobre isso. Não sabemos de muito mais informações porque foi fora do estádio – afirmou o diretor geral do guarani, Márcio Pegoraro.
Com as mudanças no estatuto do torcedor, brigas de torcidas viraram crimes, com penas que podem ser de um a dois anos de prisão, ou de três meses a dois anos de exclusão dos estádios, segundo a PM.
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