domingo, 8 de agosto de 2010

Ronaldo Angelim comemora Dia dos Pais em campo

Ronaldo Angelim, o Magro de Aço, é o filho que todo pai gostaria de ter. Nascido em São Paulo, foi com a família, ainda bebê, para a cidade de Porteiras, no interior do Ceará. Lá cresceu e, entre um poço artesiano e outro que abria para ajudar no sustento da família, tornou-se jogador de futebol. Bem-sucedido, fez fama e fortuna. Tornou-se ídolo do Flamengo, a sua nação, ganhando a admiração de pais e filhos rubro-negros.

Mais do que filho, Angelim é pai, exemplo e orgulho dos rebentos Ronald, de 9 anos, e Rikelme, de 4. Diferentemente da enorme maioria das famílias pelo Brasil, a festa do Dia do Pais do Magro de Aço será onde mais gosta de estar: em campo. Mais precisamente no Pacaembu, onde o Flamengo enfrenta o Corinthians, a partir das 16h.

Avesso a badalações, Ronaldo Angelim não se incomoda de ficar longe dos seus filhos em data tão significativa. Ele nem lembra qual foi a última vez em que passou o Dia dos Pais em família, no aconchego do lar, ao lado do pai, de Ronald e Rikelme.

– Essa é a nossa profissão, não tem jeito. Ligo para falar com meu pai e meus filhos também me ligam. Depois do jogo, ficamos de folga. Aí, sim, vai dar para comemorar um pouco – explica Angelim.

Desacostumado à ostentação, por conta da origem humilde, o zagueiro nem sequer pensa em presente. Não há nada especial que queira ganhar neste domingo, no seu dia.

– Não tenho preferência alguma. O que eles me derem está bom. E se não me derem nada também não tem problema. O importante é ser lembrado – comenta.

Pai zeloso e um dos jogadores mais experientes do elenco rubro-negro, Angelim sabe que toda casa, vez por outra, passa por reformas. Com a do Rubro-Negro não é diferente, entende o zagueiro.

– Ninguém imaginaria que o Flamengo mudaria tanto de um ano para o outro. Passamos por uma reformulação. Mas o Zico e a Patricia (Amorim) darão um jeito em tudo isso – deseja Angelim, para a felicidade geral da nação rubro-negra.

Confira o bate-bola com o zagueiro do Flamengo:

1 - Os nomes de seus filhos (Ronald e Rikelme) têm algo a ver com o futebol?

O primeiro foi em homenagem ao (apoiador) holandês Ronald De Boer. Já o segundo foi uma homenagem dupla: à minha mulher Ricássia e ao Riquelme, que é extraordinário.

2 - Você já enfrentou o Riquelme alguma vez?

Gostaria, mas não. Ou melhor, gostaria de jogar ao lado dele, que seria bem mais fácil.

3 - Você quer que seus filhos sejam jogadores de futebol?

Não tenho preferência. Deixo eles à vontade. O que exijo mesmo é que eles estudem.

4 - Como é passar o Dia dos Pais longe da família?

Isso é normal. Nem lembro a última vez em que fiquei em casa com a família em um dia como esse. Já me acostumei.


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