Uma cena chamou a atenção no início da noite desta terça-feira, na Gávea. Ao fim do jogo-treino contra o Bangu, Rogério Lourenço foi chamado por Patrícia Amorim na beira do alambrado. Pressionado no cargo, o treinador garantiu que a conversa não teve nada demais. Mas não foi só ele que foi cobrado. Zico recebeu líderes das principais torcidas organizadas do Flamengo em sua sala no clube e escutou reclamações sobre o ataque.
Eles contestaram a escalação de Val Baiano e Cristian Borja, mas escutaram promessas de reforços para o setor ofensivo. Quando deixava a Gávea, Rogério também foi abordado pelos mesmos torcedores. Mas sua conversa principal nesta terça-feira foi mesmo com Patrícia Amorim. Um grupo político ligado a ela já pediu a cabeça do treinador, e gostaria que o clube contratasse Silas ou Ricardo Gomes, que estão no mercado novamente após serem demitidos do Grêmio e São Paulo, respectivamente. Mas Zico, por enquanto, não é a favor de mudanças.
Há quem acredite na Gávea que um resultado negativo contra o Ceará, sábado, no Maracanã, seja fatal para a sua permanência no Flamengo.
- Acho que todo jogo, toda semana é importante e é decisivo. Procuro encarar tudo da mesma forma. Não vou mudar minha maneira de trabalhar. A responsabilidade é sempre grande. Esses fatores extracampo não podem nos influenciar, mas com certeza tem de ter atitude para a equipe voltar a vencer.
Patrícia Amorim passou no departamento de futebol e conversou pouco mais de 15 minutos com o técnico. Após o encontro com ela, Rogério concedeu entrevista coletiva, em que minimizou a situação.
- Não foi nada demais. Sempre que conseguimos nos encontrar, nós tentamos conversar. E foi mais sobre a situação do David, que ela me explicou que está sendo feito um esforço para ser regularizado. Foi um papo tranquilo, informal – disse Rogério, para ser perguntado se sentia pressionado no cargo.
O Flamengo recebe o Ceará, às 18h30min (horário de Brasília) desábado, no Maracanã.
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