Quatro gols (dois de pênalti) nos últimos oito jogos e a certeza que o Flamengo vive uma grave crise no setor ofensivo. Val Baiano, Borja, Vinícius Pacheco e o recém-chegado Leandro Amaral colecionam muitos minutos jogados no Campeonato Brasileiro, mas gol que é bom... Nada. A ineficiência repetiu-se na derrota por 1 a 0 para o Atlético-PR. A situação é tão desanimadora que o quarteto de atacantes utilizados pelo técnico Rogério Lourenço acumula 1.334 minutos de futebol sem balançar as redes. Claro, a conta é feita somando o tempo em campo de cada atleta, pois levando em conta o setor, são 530 minutos sem fazer a alegria da torcida - o último atacante a marcar foi Diego Maurício, cinco jogos atrás, aos dez do primeiro tempo no empate por 1 a 1 com o Avaí. São mais de 21 horas de estiagem. Enquanto espera por Diogo e Deivid, o Rubro-Negro naufraga. A criação das jogadas, com Renato e Petkovic, não ajuda, é verdade. Mas os atacantes disponíveis sequer criam oportunidades.
Val Baiano, Leandro Amaral, Vinícius Pacheco e Borja ainda não emplacaram
Vice-artilheiro do Brasileirão de 2009, Val Baiano chama a atenção pela pouca movimentação combinada com excesso de impedimentos. Apesar de se queixar da falta de chances, o camisa 9 peca no posicionamento e na dificuldade para dar prosseguimento às jogadas.
O colombiano Cristian Borja fez oito gols no Campeonato Gaúcho, quando era do Caxias, e chegou à Gávea indicado por Rogério Lourenço. Mas Flamengo é outra história. Nos minutos em que esteve em campo, o primo de Rentería chamou a atenção pelas chances claras que desperdiçou contra Vasco e Corinthians. O treinador admitiu em entrevista recente que o estrangeiro sentiu o peso de jogar no clube.
A minutagem do desespero | |
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Vinícius Pacheco | 638 minutos |
Val Baiano | 333 minutos |
Cristian Borja | 256 minutos |
Leandro Amaral | 107 minutos |
Total | 1.334 minuto |
Vinícius Pacheco vive situação curiosa. Há três semanas, ele conversou com Rogério Lourenço e pediu para não ser mais escalado no ataque porque preferia disputar posição com Pet no meio-campo. Pelo visto, porém, a vontade dele foi ignorada. Desde então, o treinador só o colocou como atacante. O resultado foi pouca efetividade na função e “filme queimado” com a torcida.
Sem jogar há um ano por causa de um problema grave no joelho direito, Leandro Amaral teve de antecipar a estreia para tentar amenizar o drama rubro-negro do ataque. Apesar do esforço nos dois jogos incompletos de que participou, ele ainda está longe de empolgar.
O único atacante do elenco atual que já marcou no Brasileiro é Diego Maurício. Um gol apenas, é verdade. No entanto, nos últimos jogos, o jovem de 19 anos, apelidado de Drogbinha, sequer tem ficado no banco de reservas.
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