segunda-feira, 23 de agosto de 2010

Quarteto de atacantes do Flamengo: 1.300 minutos e... nenhum gol

Quatro gols (dois de pênalti) nos últimos oito jogos e a certeza que o Flamengo vive uma grave crise no setor ofensivo. Val Baiano, Borja, Vinícius Pacheco e o recém-chegado Leandro Amaral colecionam muitos minutos jogados no Campeonato Brasileiro, mas gol que é bom... Nada. A ineficiência repetiu-se na derrota por 1 a 0 para o Atlético-PR. A situação é tão desanimadora que o quarteto de atacantes utilizados pelo técnico Rogério Lourenço acumula 1.334 minutos de futebol sem balançar as redes. Claro, a conta é feita somando o tempo em campo de cada atleta, pois levando em conta o setor, são 530 minutos sem fazer a alegria da torcida - o último atacante a marcar foi Diego Maurício, cinco jogos atrás, aos dez do primeiro tempo no empate por 1 a 1 com o Avaí. São mais de 21 horas de estiagem. Enquanto espera por Diogo e Deivid, o Rubro-Negro naufraga. A criação das jogadas, com Renato e Petkovic, não ajuda, é verdade. Mas os atacantes disponíveis sequer criam oportunidades.

MONTAGEM - Val Baiano, Borja, Leandro Amaral e Vinícius Pacheco flamengo

Val Baiano, Leandro Amaral, Vinícius Pacheco e Borja ainda não emplacaram

Vice-artilheiro do Brasileirão de 2009, Val Baiano chama a atenção pela pouca movimentação combinada com excesso de impedimentos. Apesar de se queixar da falta de chances, o camisa 9 peca no posicionamento e na dificuldade para dar prosseguimento às jogadas.

O colombiano Cristian Borja fez oito gols no Campeonato Gaúcho, quando era do Caxias, e chegou à Gávea indicado por Rogério Lourenço. Mas Flamengo é outra história. Nos minutos em que esteve em campo, o primo de Rentería chamou a atenção pelas chances claras que desperdiçou contra Vasco e Corinthians. O treinador admitiu em entrevista recente que o estrangeiro sentiu o peso de jogar no clube.

A minutagem do desespero
Vinícius Pacheco 638 minutos
Val Baiano 333 minutos
Cristian Borja 256 minutos
Leandro Amaral 107 minutos
Total 1.334 minuto

Vinícius Pacheco vive situação curiosa. Há três semanas, ele conversou com Rogério Lourenço e pediu para não ser mais escalado no ataque porque preferia disputar posição com Pet no meio-campo. Pelo visto, porém, a vontade dele foi ignorada. Desde então, o treinador só o colocou como atacante. O resultado foi pouca efetividade na função e “filme queimado” com a torcida.

Sem jogar há um ano por causa de um problema grave no joelho direito, Leandro Amaral teve de antecipar a estreia para tentar amenizar o drama rubro-negro do ataque. Apesar do esforço nos dois jogos incompletos de que participou, ele ainda está longe de empolgar.

O único atacante do elenco atual que já marcou no Brasileiro é Diego Maurício. Um gol apenas, é verdade. No entanto, nos últimos jogos, o jovem de 19 anos, apelidado de Drogbinha, sequer tem ficado no banco de reservas.

Diante do deserto de opções confiáveis, o Flamengo apega-se à dupla Deivid e Diogo. Os dois serão apresentados nesta segunda-feira e há a expectativa de que o segundo entre em campo na quinta-feira, contra o Atlético-MG, no Maracanã.


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