terça-feira, 5 de janeiro de 2010

Obina animado: ‘Jogar ao lado do Imperador seria muito gratificante’

“Sem peso, pelo amor de Deus”. Essa foi o aviso descontraído de Obina, que ao entrar na sala de imprensa da Gávea, pediu brincando para não responder perguntas sobre quanto estaria pesando, mas concedeu uma entrevista marcada pela vontade de ficar. O atacante, que voltou de empréstimo junto ao Palmeiras, disse que não pensa em sair do Flamengo e que gostaria de formar dupla de ataque com Adriano.

Taticamente, ele considera possível essa formação, pois já teve experiência parecida com Souza e Vagner Love. Sobre o atacante do Palmeiras, aliás, Obina comentou que considera delicado o fato dele ser ameaçado por torcedores em São Paulo. Mas não soube responder se eles serão companheiros novamente, dessa vez pelo Flamengo.

Querendo apagar o passado recente marcado pela briga com zagueiro Maurício e reencontrar o carinho da torcida rubro-negra, Obina voltou ao Flamengo. Confira abaixo os principais trechos da entrevista coletiva do atacante, que tem contrato até dezembro de 2010.

Como foi se reapresentar ao Flamengo?
Já estava sabendo. Tenho contrato, tenho de cumpri-lo. Era só empréstimo ao Palmeiras. Logo que saí de lá, tive uma conversa (com Marcos Braz, vice de futebol) bem clara que queria cumprir meu contrato, e ele disse que independentemente do que acontecer, iria me apoiar. Estou retornando e vim pra cumprir meu contrato até o fim.

E como vê essa possibilidade de jogar ao lado do Adriano? Essa dupla é possível de ser formada?
Venho para lutar pelo meu espaço. Jogar ao lado do Adriano seria muito gratificante. Pelas características, dá para jogarmos juntos. Love também tem as mesmas características, com o Souza também deu certo. Vamos procurar fazer as coisas dentro de campo. Estou na briga aí por uma vaga.

E como foi aquele problema com o Maurício, no Palmeiras?
Tem de ser sempre tranquilo. As pessoas falam que eu sou até demais. Ali foi difícil de controlar, prejudiquei a equipe, já falei e pedi desculpas por isso. Sempre procurei dar meu máximo no Palmeiras, hoje é vida nova e espero estar sendo ajudado.

E como planeja o reencontro com a torcida?

Espero que seja do mesmo jeito de sempre, com carinho. O torcedor sabe que me dedico de corpo e alma para ajudar. Foi o torcedor que fez isso (relação de carinho) por tudo que eu fiz. Todo lugar em que eu estive falei que a torcida do Flamengo é maravilhosa. A musiquinha (Obina é melhor do que Eto’o) passou, mas vou procurar fazer gols.

Como foi ir para o Palmeiras e ter visto o Flamengo ser campeão?
Na vida nem sempre as coisas acontecem do jeito que você quer. Fui para o Palmeiras, o Flamengo foi campeão e fiquei feliz pelos amigos daqui. Torcedor merecia também. Eu quero é poder ajudar a conquistar título aqui também.

O que você sabe sobre a contratação do Vagner Love? É realmente difícil dele ficar no Palmeiras depois de ser agredido?
No início tudo são flores. Quando a torcida fala e xinga, até entendemos, mas quando tem agressões, muda. Vagner tem a cabeça dele e sabe o que faz. Mas é difícil. Nós ficamos preocupados com a família, e isso fica no pensamento dele. Não sei como está a situação. Se ele vier para cá, com certeza vai nos ajudar. É um cara companheiro, bom de grupo. Quem vier vem para somar.

O Flamengo tem a possibilidade de conquistar seu primeiro tetra do Carioca. Como você vê a disputa desta competição?
Vamos lutar pelo título, é um tetra, poucos conquistaram... Estive nos outros três Cariocas e gostaria de estar no quarto. Tem de focar logo nesse campeonato. É um ano longo, com muitos campeonatos. Então é focar e começar com o pé direito.

Seu pai (Manoel, que é flamenguista) deve ter ficado muito feliz que você voltou, não é?
Com certeza. Meu pai estava louco para eu voltar também para poder ir ao Maracanã de novo (risos).


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