domingo, 16 de novembro de 2014

Vanderlei Luxemburgo é coringa da política do Flamengo no ano eleitoral



A palavra de ordem criada por Vanderlei Luxemburgo para se referir à luta do Flamengo contra a queda para a Série B promete acompanhá-lo em 2015 fora de campo. Antes de garantir de vez a permanência do clube na elite — o que acontecerá se o time pelo menos empatar com o Coritiba hoje, às 17h, no Maracanã —, o treinador já se vê na zona da confusão política da Gávea, que viverá ano de eleição em 2015.

As cartas do jogo eleitoral da Gávea já estão sendo colocadas na mesa. Importante dentro de campo e bem relacionado fora dele, Vanderlei desponta como um coringa na disputa. Sem contrato assinado — mas com a permanência acertada —, o comandante do futebol recebe contatos frequentes de membros da oposição, mantendo as relações de amizade que herdou de três passagens anteriores pela Gávea. Entre elas, com a ex-presidente Patricia Amorim, em quem votou em 2012.

Foi o bom relacionamento com diferentes lideranças políticas do clube que estancou as críticas internas após a chegada de Luxemburgo em julho, quando o time era lanterna do Brasileiro. Se ganhou a trégua, o comandante também foi pressionado a não exaltar a atual diretoria. O técnico tem adotado discurso “morde e assopra”, e lida bem com situação e oposição. Além disso, já deixou claro que não tem, por enquanto, pretensões como candidato.

O jogo de poder da eleição presidencial terá o pontapé inicial em dezembro, com a eleição para repor nomes do Conselho Deliberativo. Nessa disputa, diversas correntes do clube estão representadas. A chapa branca, União Rubro-Negra, atraiu desde Leonardo Ribeiro, ex-presidente do Conselho Fiscal, ao ex-presidente Delair Dumbrosk e os ex-candidatos a presidente Jorge Rodrigues e Lysias Itapicuru. A chapa azul, Flamengo de Todos, representa o grupo “Só Fla” de novas lideranças ligadas à atual administração. Rafael Strauch é o nome mais agregador e a coordenação é de Benny Kessel.

A gestão do presidente Eduardo Bandeira de Mello ainda não confirmou candidatura à reeleição na disputa presidencial, mas se vê enfraquecida com os resultados pífios em campo em 2014.

Os ex-presidentes Márcio Braga, Hélio Ferraz e Kleber Leite têm posições ainda indefinidas e têm feito críticas à atual gestão — assim como o presidente do Conselho de Administração, Maurício Gomes de Mattos.

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