sexta-feira, 25 de abril de 2014

STJD denuncia Portuguesa, presidente e até Argel por abandono de jogo


 A procuradoria do STJD entregou nesta sexta-feira a denúncia por causa do abandono de jogo protagonizado pela Portuguesa na primeira rodada da Série B-2014. Por ter deixado o gramado aos 17 minutos da partida contra o Joinville, a Lusa pode até ser excluída da Segundona e ir parar na Série C. Além do clube, a procuradoria denunciou o técnico Argel, Ilídio Lico, presidente do clube, e Marcos Rogério Lico, filho do cartola.

A Lusa foi enquadrada nos artigos 205 do CBJD (abandono de jogo), 69-2 do Código Disciplinar da Fifa - que prevê o rebaixamento -, e, de maneira alternativa, no 231, também do CBJD. Já Argel, Lico e Marcos foram denunciados no 243-A (agir contra a ética desportiva). O filho do presidente ainda foi enquadrado no 258-B (invadir local destinado à equipe de arbitragem).

A Portuguesa deixou o gramado alegando ser válida uma liminar conseguida por um torcedor no Tribunal de Justiça de São Paulo. A súmula do árbitro e o relatório do delegado do jogo, dando conta de que a Lusa não apresentou nenhum documento oficial judicial para deixar o gramado, fazem parte do documento enviado ao STJD.

O procurador Fernando Silva Júnior, que assina a denúncia, considerou que as atitudes da Lusa "são graves por terem caracterizado uma autêntica fraude, pois prestaram informações inverídicas, simularam uma inexistente intimação judicial procurando, nitidamente, induzir em erro o árbitro e o delegado da partida". Ele considera ainda que os cartolas da Portuguesa "de forma ardilosa, procuraram descumprir as determinações que já haviam sido emanadas pelo Superior Tribunal de Justiça".

Para embasar o pedido de exclusão, previstos em caso de prejuízo esportivo a terceiros, a procuradoria diz que o Joinville foi impedido de marcar pontos, gols, e os atacantes perderam a chance de acumular tentos na artilharia. O fato de que o clube teve que devolver os ingressos aos torcedores também foi usado.

Para Argel, a procuradoria pede suspensão de seis a 12 partidas. No caso da família Lico, a denúncia pede gancho entre 180 e 360 dias a pai e filho. O julgamento do caso vai ficar a cargo da 5ª comissão disciplinar do STJD e deve acontecer, por causa do feriado da próxima quinta, só na semana seguinte.

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