O vasco perdeu no tribunal, nesta sexta-feira, sua chance de tentar 
impugnar o resultado da partida contra o Atlético-PR (5 a 1), no 
dia 8 de dezembro, e assim não levou os três pontos que o salvariam do 
rebaixamento à Série B do Brasileirão. O Pleno do Superior Tribunal de 
Justiça Desportiva (STJD) 
até acatou o pedido e permitiu que houvesse o julgamento de imediato, 
mas o recurso do departamento jurídico do clube carioca foi rejeitado 
por unanimidade votos. Antes, o presidente do órgão, Flávio Zveiter, 
havia indeferido a ação por não ver base na mesma.
A decisão 
saiu depois de horas de julgamento dos outros 
casos, que confirmaram o rebaixamento da Portuguesa, livrando o 
Fluminense, e sustentou a perda dos pontos pelo Flamengo, que, por sua 
vez, permanece na Série A. Ambos por escalação de jogadores 
suspensos. 
 
Roberto Dinamite acompanha o julgamento em que o vasco saiu derrotado no STJD (Foto: Wilton Junior/Agência Estado)
A
 alegação era que o Furacão, como mandante do 
confronto, tinha a responsabilidade de garantir a segurança e não o 
teria feito. Não 
havia policiais militares na arquibancada, o que facilitou a briga 
generalizada entre os torcedores dos dois times. A defesa, comandada 
pela advogada Luciana Lopes, ressalta que os atleticanos originaram o 
grave incidente. Houve interrupção por 
73 minutos e o reinício após a operação de socorro aos feridos e a 
devida separação do público. O 
regulamento da CBF recomenda que o árbitro opte 
pela suspensão da partida diante da falta de condições depois de 
ultrapassados 60 minutos.
O julgamento começou com a leitura 
do processo protocolado pelo vasco pelo auditor-relator Ronaldo Botelho 
Piacente. Em seguida, o presidente Flávio Zveiter passou a palavra a 
Luciana Lopes ao não receber objeções dos presentes para que houvesse as
 argumentações. A advogada usou a tese de que a parte psicológica dos 
atletas estava afetada por causa do ocorrido e, principalmente, que a 
Arena Joinville não poderia abrigar o jogo, já que "nem mesmo extintor 
possuía" e "não havia área de escape para os torcedores". Ela também 
citou que a torcida do Furacão proibiu a presença de mulheres e 
crianças, prevendo um confronto.
O
 procurador-geral do STJD, Paulo Schmitt, não concordou com a ação 
vascaína e, em seguida, enfatizou que o árbitro mineiro Ricardo Marques 
Ribeiro foi absolvido no plenário, no dia 13, e sequer houve recurso 
contra isto. Ele afirmou que talvez o jogo não devesse ter início, mas o
 reinício foi correto. O advogado do Furacão, Domingos Moro, crê que não
 havia amparo jurídico para a tentativa e ressaltou que a partida, 
jogada até o fim, acabou 5 a 1 e o adversário buscava a inversão do 
placar para 0 a 3, algo, em sua visão, sem cabimento.
Em 
seguida, um a um, os relatores mantiveram a posição de Zveiter ao 
apontar como improcedente a solicitação do vasco. O primeiro a votar foi
 o leitor do processo, Ronaldo Botelho Piacente, que se baseou em 
documentos e relatórios provenientes do julgamentos dos mandos de campo,
 da polícia e dos autos do processo. Foi possível notar que o presidente
 Roberto Dinamite balançava a cabeça negativamente à medida em que as 
frases eram proferidas. Ele estava ao lado do vice geral, Antônio 
Peralta, e recebeu reverência dos auditores presentes.
Paralelamente, os recursos de vasco e Atlético-PR a respeito das perdas de mando de campo (oito e 12, respectivamente) e das multas (R$ 80 mil e R$ 140 mil), por causa das brigas, serão julgados apenas em janeiro, em dia ainda não determinado.
Paralelamente, os recursos de vasco e Atlético-PR a respeito das perdas de mando de campo (oito e 12, respectivamente) e das multas (R$ 80 mil e R$ 140 mil), por causa das brigas, serão julgados apenas em janeiro, em dia ainda não determinado.
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