Após seis anos com Leonardo Ribeiro, conhecido como Capitão
Léo, na presidência do Conselho Fiscal do Flamengo, um novo mandatário
será eleito para a pasta. Cerca de 1.900 conselheiros estão aptos a
votar no candidato que queiram no comando do Fiscal no triênio
2013-2016: Gonçalo Veronese pela Chapa Branca (oposição) e Mário Esteves
pela Chapa Azul (situação) concorrem à vaga na eleição que ocorre hoje,
entre 8h e 21h, na sede do clube, na Gávea.
O LANCE!Net
perguntou aos dois candidatos à presidência do Conselho Fiscal sobre as
pretensões de cada um caso vençam a eleição, e se sabem dos problemas
que terão de enfrentar no cargo.
– Vou cumprir o Estatuto,
fiscalizar com independência, fiscalizar o conflito de interesses
existente na atual conjuntura política do clube e seremos transparentes,
dando toda a informação precisa ao sócio, diferentemente do que a chapa
adversária propõe na eleição, que é o sigilo. Sobre os problemas, não
creio que terá algum, pois o meu Conselho Fiscal será independente –
explicou Gonçalo Veronese.
Mário Esteves também respondeu aos questionamentos:
–
Pretendemos dar um fim à utilização política do Conselho Fiscal,
colocada em prática nos dois mandatos que esperamos que se encerrem.
Vamos desmontar o palanque que o Capitão Léo armou na pasta e
reconstruir, por meio de trabalho puramente técnico, a reputação deste
Conselho. E vamos enfrentar os problemas, já que conhecemos a situação
econômica e financeira do clube, que é extremamente crítica.
CAPITÃO LÉO NO CENTRO DE POLÊMICA COM ZICO
Em
outubro de 2010, Leonardo Ribeiro esteve em meio a uma polêmica no
Flamengo que culminou no pedido de demissão de Zico do cargo de diretor
executivo de futebol do clube, resultando em inúmeros protestos da
torcida e fazendo do então presidente do Conselho Fiscal “persona non
grata” entre os rubro-negros.
Na época, assim que Zico retornou ao
Flamengo, desta vez como dirigente (ainda na gestão de Patricia
Amorim), houve uma parceria entre o Rubro-Negro e o CFZ, clube que
pertence ao ex-camisa 10.
Leonardo Ribeiro, o Capitão Léo,
questionou a parceria e insinuou que ela não seria muito vantajosa ao
Flamengo, pedindo que alguns documentos fossem apresentados ao Conselho
Fiscal.
Internamente, Leonardo e Zico passaram a não falar mais a mesma língua e os bastidores da Gávea já não eram mais tão amigáveis.
Na
madrugada do dia 2 de outubro, o Galinho publicou no site dele (Zico na
rede), uma carta informando a saída do clube e afirmou que estava sendo
atacado injustamente dentro do Flamengo.
CARTA: ALERTA E ACUSAÇÕES
Na
última sexta-feira, Capitão Léo enviou a cerca de dois mil sócios que
fazem parte do Conselho uma carta com alertas e acusações em relação à
nova diretoria rubro-negra, que assumiu o comando no começo do ano.
No
documento, Leonardo Ribeiro afirmou que está havendo “um modelo de
perseguição e exclusão”, que, segundo ele, está promovendo uma limpeza
em associados do clube que apoiavam a ex-presidente Patricia Amorim.
Ele
também reclamou que informações não estão sendo compartilhadas com as
diferentes esferas de poder do clube, além de um movimento para impugnar
candidaturas independentes para a eleição do Conselho Fiscal.
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