Dizem que craques superam diferenças clubísticas. O vascaíno Marcelo Pereira, o palmeirense Jonathan Emerson e outros tantos “rivais” vestidos com camisas de Inter, e São Paulo comprovaram a tese no desembarque do Flamengo na madrugada desta terça-feira, em Maceió.No saguão do aeroporto Zumbi dos Palmares eles aguardavam por Ronaldinho. E não se importavam com a barulheira das mais de cinco centenas de rubro-negros.
- Vim, primeiro, para ver o Ronaldinho, que é o meu maior ídolo. E depois para tirar uma onda com eles (rubro-negros) – disse o servente Marcelo, que corajosamente exibia e beijava a camisa do vasco(2ª divisão).
A adoração a Ronaldinho não significa o esquecimento da rivlidade e o Flamengo terá “novos” torcedores no duelo de quarta-feira contra o Murici, na estreia da Copa do Brasil. A justificativa até faz sentido.
- Queremos que o Murici avance, claro. Sabe por quê? Porque assim mais times grandes vêm para cá. Nunca esperei ver o Ronaldinho aqui. Há pouco tempo ele estava na Itália, bem longe, e agora vai passar na minha frente. O mundo dá voltas – declarou o palmeirense Jonathan.
Marcelo escolhe o próximo astro que gostaria de olhar de perto:
- Ah, o Lucas do São Paulo. Joga muito esse menino.
A carência se justifica. Os times da capital estão mal. O CRB terminou a Série C em 11º lugar e o CSA parou na segunda fase da Quarta Divisão. No estadual deste ano, os dois times estão na oitava e nona posições entre dez participantes.
O melhor clube do estado está no interior, a cerca de 120 km da capital: o ASA, que fechou Série B na nova colocação. Atual campeão alagoano, o desconhecido Murici duela contra o Flamengo às 22h (de Brasília).
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