A presença de um ídolo rubro-negro, caso de Ronaldinho Gaúcho, em Maceió, faz os alagoanos lembrarem de um personagem-chave na galeria de ídolos do Flamengo. Na estreia do time na Copa do Brasil, nesta quarta-feira, contra o Murici, o astro, que pode vir a superar Romário como referência pós-Zico, jogará no estádio que guarda as recordações de Dida, meia que fez sucesso no clube nas décadas de 50 e de 60.Admirado pelo Galinho, segundo na lista de maiores jogadores do clube, Edvaldo Alves de Santa Rosa dá nome ao único museu de esporte da cidade, localizado no Rei Pelé.
As três salas do espaço cedido pelo governo do estado de Alagoas, em 1993, trazem relíquias que pertenciam ao rubro-negro. O busto de Dida, exposto no salão principal, dá as boas-vindas aos visitantes que podem ter acesso a camisas, faixas dos títulos estaduais de 54 e 55, fotos, dois álbuns, um livro, áudios com entrevistas e gols do meia e recortes de jornais e revistas da época.
Boa parte do material foi doado pelo próprio ex-jogador, falecido em 2002, ao amigo e jornalista Lauthenay Perdigão, responsável pela administração do museu. Apesar do respeito que tem até hoje entre as pessoas mais velhas de Maceió, Dida não ganhou o reconhecimento oficial por parte das autoridades locais. A queixa é do irmão Edson, único filho vivo dos onze da família Santa Rosa.
– Não há nome de rua, de praça, de escola... Não foi feita homenagem alguma – reclamou.
Edson não irá ao estádio para comprovar a expectativa do astro do Fla. Ele, porém, na condição de testemunha ocular do que Dida fez, dá o recado para o atual 10.
– É um excelente jogador, mas está fora de forma. Ele está se esforçando e sua habilidade é indiscutível – avaliou o irmão de Dida.
Distante dali, pelo menos até o fim da noite de ontem, Ronaldinho já alimentava o sonho de poder jogar diante do torcedor alagoano:
– Os companheiros comentam que é uma grande festa. É completamente diferente da Europa.
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