quinta-feira, 30 de dezembro de 2010

Felipe: ‘No campo não tem moita, muro, não tem como se esconder’

Na volta ao Brasil depois de quatro meses no Braga, de Portugal, Felipe tem uma bagagem abarrotada de objetivos. Entre eles, o novo goleiro do Flamengo quer deixar de ser lembrado pelo perfil polêmico e voltar a ser destaque pelo bom futebol. Pretende chamar a atenção do técnico da Seleção Brasileira, Mano Menezes, e, sobretudo, ajudar o Rubro-Negro a apagar a má impressão deixada pela péssima temporada sem títulos. Parece muito para quem firmou contrato de um ano.

- A princípio é um ano de contrato por empréstimo. Pertenço a um grupo de empresários (25% são do Bragantino), mas o Flamengo tem opção de compra dos direitos e renovação. Fazendo um ano bom, o clube gostando, podemos fazer um contrato mais longo. A ideia é essa. Quem sabe nem será preciso esperar o fim do ano – frisou o atleta, de 26 anos, durante a sua apresentação, na Gávea.

Um vínculo maior poderia dar a Felipe, por exemplo, a chance de defender o Flamengo no Maracanã, já que o palco está fechado para as obras da Copa do Mundo de 2014.

- Joguei contra o Flamengo em 2007 num Maracanã lotado. Você pensa em um dia jogar com a torcida a favor, jogar um clássico no estádio. Quem sabe não estarei na reabertura.

Até agora, o goleiro é o principal reforço do clube para a próxima temporada. Além dele, chegaram o argentino Darío Bottinelli e Vander, emprestado pelo Bahia. Ambos meio-campistas. O novo camisa 1 acredita em novos e bons tempos. E sem medo do desafio.

- Um professor da base me disse uma vez que no campo não tem muro, não tem moita, não tem como se esconder. O ano de 2010 infelizmente não foi bom para o Flamengo, mas a base do grupo é forte, jogadores estão chegando e outros podem chegar. Alguns jogadores foram contratados no meio do ano, isso dificulta muito. Com o trabalho do professor (Vanderlei Luxemburgo) desde a pré-temporada, o Flamengo vai ter um 2011 melhor. Que seja um ano de sucesso.

Felipe vê no Rubro-Negro a chance de recomeçar, de ser convocado para a Seleção Brasileira.

- Jogando numa equipe de ponta, jogando bem, ganhando títulos, as chances aumentam. Não que fique mais fácil, mas ajuda muito. Victor (Grêmio) e Jefferson (Botafogo) são grandes goleiros, jogam no Brasil e têm sido chamados.

De família rubro-negra, o goleiro conta que hoje tem o coração dividido.

- Sou carioca, nasci na Ilha do Governador e, quando criança, sempre fui Flamengo. Meus parentes moram em Jacarepaguá e todos torcem para o Flamengo. Meu tio Toninho até chorou quando soube que eu viria para cá. Fui para o Corinthians, vivi três anos maravilhosos lá. É normal ter carinho pelo clube. É meio a meio, mas agora sou flamenguista. Respeito pelo Corinthians vai haver sempre, mas sou profissional. Se ganhar um título contra o Corinthians, vou comemorar com certeza.

O goleiro vai passar o Ano Novo em São Paulo e se apresenta ao Flamengo no dia 3, no Ninho do Urubu. Na mesma data, o grupo vai viajar para a pré-temporada em Londrina, no Paraná.


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