"Eu estava projetando a minha volta para o Flamengo. Não admitia trabalhar no futebol e não passar pelo clube que eu amo. Nas outras vezes, minha passagem foi tumultuada e não consegui fazer o que imaginava", disse.
Mesmo fazendo juras de amor ao clube, Luxemburgo ressaltou que o futebol atualmente é negócio e deu como exemplo o Real Madrid para tentar fazer com que o clube cresça dentro do cenário brasileiro.
"O Flamengo é muito grande e ninguém duvida disso, mas hoje em dia futebol é business. Estou vendo o que está acontecendo no futebol e o Flamengo não pode ficar para trás neste sentido. O Real Madrid não seria o clube que é se não tivesse vendido sua sede para arrecadar dinheiro e construir outra que hoje já vale mais", declarou.
Sobre a Lei Pelé, Luxemburgo foi enfático ao afirmar que os empresários souberam lidar com a chegada dela. No entanto, o clubes ficaram para trás, pois pensaram que acabariam com ela. Além disso, o treinador decretou que os ídolos vinculados a clubes não vão brotar tão facilmente.
"Dentro de todas as mudanças da Lei Pelé, os empresários olharam antes e aprenderam a trabalhar com isso. Os clubes acharam que iriam derrubar esta lei e continuar tudo na mesma. Hoje em dia é muito difícil criar um ídolo totalmente identificado com o clube. O torcedor tem que entender que terá que torcer para o time que está em campo para conquistar títulos", comentou.
Luxemburgo também falou sobre a influência dos empresários nos clubes. Para o treinador, um jogador pode gostar de um projeto dentro do Flamengo, mas caso o empresário tenha interesse em negociá-lo, vai acbar fazendo a cabeça do atleta para sair.
"Eu posso envolver os jogadores em um projeto, mas os empresários estão diretamente ligados nisso porque se ele quiser, faz a cabeça do jogador e o tira do clube antes disso. Os clubes terão que saber lidar com a Lei Pelé", decretou.
Para poder se modernizar, Luxemburgo crê que o Flamengo deverá se tornar um clube forte internamente, como empresa, para poder atrair mais patrocinadores. Ele citou como bons exemplos dentro do Brasil, o São Paulo e o Internacional.
"O Flamengo tem que se estruturar como empresa, para poder se fortalecer e trazer credibilidade para o mercado. Os patrocinadores vão querer vir para o clube. O São Paulo foi o primeiro a fazer isso e dominou durante anos a preferência de todos. Agora que está dividindo, pois o Internacional também está estruturado", finalizou.
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