- Em playoff, cada jogo é uma história. Temos que vencer o próximo. Eles souberam tirar proveito dos 68 lances livres em dois jogos, e nós só tivemos 28. O critério de arbitragem foi de contato, favorecendo o time da casa. Temos uma defesa forte, a melhor na fase regular, e vamos colocá-la em prática. Neste momento, estamos preocupados com a parte tática e técnica. O que aconteceu lá foi lamentável, mas a diretoria é bastante capaz para tomar as providências necessárias. O que não pode ter é inversão de responsabilidade. Não teve segurança, a quadra estava cheia de gente, quando o regulamento diz que só pode entrar alguém nela quando jogadores e arbitragem a deixarem - disse Marcelinho, referindo-se aos seis companheiros de equipe que foram denunciados e serão julgados pela confusão.
O capitão ressalta a importância da presença da torcida no jogo 4 para apoiar o time. Mas frisa que a hora é de os torcedores rubro-negros darem exemplo de comportamento. Nesta terça-feira foi definido o esquema de segurança.
- O Flamengo tem que fazer uma grande festa aqui. Seja para gente ganhar ou para o Brasília ganhar. O jogo tem que ser decidido na bola e que vença o melhor. E espero que seja o Flamengo. Aprendi na minha vida que revanche, vingança, não levam a lugar nenhum. O que aconteceu lá não tem nada a ver com os jogadores do Brasília. Eles não tiveram deslealdade nenhuma com a gente.
Embora não consiga esconder a preocupação diante da possibilidade de ter jogadores suspensos, se a equipe vencer na quinta-feira e provocar a quinta partida, o técnico Paulo Chupeta acredita que seus comandados sabem lidar bem com a pressão de ter que triunfar para seguirem vivos na disputa.
- Eu fiquei muito triste por ter perdido um jogo importante, que eu e o João Batista (assistente) passamos a noite toda anterior pensando em como neutralizar os jogadores, e acabamos perdendo no detalhe. Mas somos um time experiente. Vimos que somos capazes e vamos com tudo para cima deles. Com relação ao julgamento, espero que vejam com bons olhos porque os meninos foram agredidos. Se forem punidos teremos só quatro jogadores (Marcelinho, Fred, Teichmann e Ian) - disse.
O armador Hélio, um dos denunciados, não quer pensar na possibilidade de ficar de fora do quinto jogo, caso seja necessário.
- Eu estou preocupado. Não jogar uma final por uma situação como essa é ruim. Mas a liga está tomando as atitudes e se eu tiver que responder no STJD vou contar o que aconteceu. Estava saindo da quadra, fui xingado, torcedor cuspiu em mim e aí começou a confusão. Mas estamos pensando no próximo jogo. O campeonato ainda não acabou. O Flamengo ainda está vivo na série. Queremos contar com casa cheia e com a energia da torcida para esse jogo fundamental.
Já o pivô Wagner, que também será julgado pela comissão disciplinar, se diz tranquilo. Ele foi atingido com uma lata durante o tumulto e levou quatro pontos no supercílio esquerdo.
- Não agredi ninguém. Fui agredido, estou com o olho roxo. A torcida nos tratou que nem em Sul-Americano na Argentina. Nós estamos em clima de final e só queremos pensar em jogar basquete, vencer esse jogo e sermos campeões no seguinte - afirmou.
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