A concessionária que administra o Maracanã não vê problemas
com o valor do investimento obrigatório anunciado pelo Secretário
Estadual da Casa Civil, Leonardo Espíndola, para permanecer com a
concessão da arena: R$ 120 milhões. O montante é quase cinco vezes menor
do que o previsto no edital de licitação (R$ 594 milhões), mas superior
ao número obtido pela concessionária no seu estudo para reequilíbrio do
contrato (R$ 90 milhões). A diferença, contudo, não será obstáculo para
assinatura, que está por detalhes de formatação de contrato e
acontecerá nas próximas semanas.
Questionada
oficialmente, a concessionária se posicionou de maneira evasiva:
"Conforme já informado pelo Poder Concedente, estamos em fase final de
assinatura do aditivo contratual que regerá a concessão pelos próximos
33 anos. A concessionária só se manifestará sobre as novas bases
contratuais após a assinatura do aditivo".
A assinatura do aditivo trava os planos do Flamengo de voltar à
carga para tentar assumir a administração do Maracanã. Recentemente, o
vice de finanças rubro-negro, Rodrigo Tostes, chegou a dizer que o clube
poderia assumir o estádio "no dia seguinte" se a concessão fosse
desfeita.
O governo já vinha dando sinais - como a interferência na questão
do preço dos ingressos no Campeonato Carioca - de que tentaria evitar
uma nova licitação, o que poderia provocar atraso nas obras olímpicas,
que ficarão a cargo da Odebrecht. A concessionária enviou o seu estudo
para reequilíbrio do contrato em fevereiro e também já havia deixado
claro que não pretendia devolver a arena.
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