terça-feira, 12 de agosto de 2014

Português ainda trai Eduardo da Silva na volta ao Brasil

A mudança na vida de Eduardo da Silva para a Croácia deixou marcas. Ainda jovem, com apenas 15 anos, deixou o Brasil para se aventurar em busca do sonho. Sozinho, se virou e aprendeu a falar croata. Tanto tempo longe da língua pátria fez com que o jogador tivesse dificuldade para se comunicar em português e a volta ao Brasil, jogando pelo Flamengo, vem ajudando na readaptação.

O sotaque lusitano em algumas expressões e a demora em responder são alguns sinais da dificuldade Eduardo da Silva. Ele admitiu o problema, mas garantiu que não impede a boa comunicação com os companheiros. O primeiro gol, marcado domingo, na vitória sobre o Sport já é um sinal.

- Às vezes, raciocino em croata e até passar para o português demora, misturo um pouco. Passei 15 anos fora e não sabia outra língua. Passei a maior parte do tempo falando croata. Foram nove anos na Croácia. Não tinha como recuperar isso em 20 dias de férias no Brasil. Já estou me sentindo melhor agora. Em alguns meses, vai estar mais tranquilo, ficarei mais à vontade para falar - comentou o jogador.

Eduardo da Silva, Flamengo, Ninho do Urubu (Foto: Gilvan de Souza/Fla Imagem) 
Eduardo da Silva ainda tropeça no português (Foto: Gilvan de Souza/Fla Imagem)


Essa readaptação passa por várias etapas. Uma delas é com a temperatura. Eduardo da Silva tem sentido dificuldade, mesmo que a estação atual no Brasil seja o inverno. O jogador espera se acostumar rapidamente ao novo ambiente depois de enfrentar até 20 graus negativos pela Europa.

- Aqui faz mais calor não tem como ficar mais pegado. Lá agora é verão, mas a maior parte do tempo é frio. Cheguei a pegar menos 20 graus. A gente coloca muito agasalho para treinar, fica só com os olhos e o nariz para fora. Mas é questão de tempo - disse.

Em campo, Eduardo da Silva fez um elogio aos jogadores brasileiros, mesmo depois de uma Copa do Mundo na qual o Brasil passou uma imagem negativa. Para ele, a técnica ainda é superior comparada aos europeus.

- Claro que tem muita diferença. Fui formado na Europa, mas todo campeonato é difícil. No Brasil, os jogadores são muito técnicos, sabem jogar muito com a bola, driblam bem. Lá fora, a parte tática é diferente, assim como a física - afirmou Eduardo.

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